Clima e investimento em tecnologia colaboraram para a boa produção; baixa nos preços preocupa produtores
A agricultura catarinense tem um bom momento na área de grãos, com o crescimento expressivo de 20,7% no volume total produzido na safra 2024/25. Agricultores colheram mais de 7 milhões de toneladas de grãos, com destaque para alta na produção de arroz, feijão, milho, soja e trigo.
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Segundo Haroldo Tavares Elias, Analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, “nesta safra em específico, o clima também contribuiu de maneira decisiva, com chuvas regulares”. No entanto, os preços ainda preocupam os produtores, já que, com o aumento da oferta interna e externa os preços tendem a cair, pois o mercado fica saturado.
No cenário nacional como um todo, a produção de milho, soja e arroz atingiu patamares históricos. Porém, a oferta elevada pressiona o mercado, resultando na queda dos preços no primeiro semestre de 2025.
Grão por grão
Arroz: A produtividade do arroz chegou a 1,3 milhão de toneladas, aumento de 12,2% em relação ao ano anterior. Apesar do avanço nas lavouras, o produtor está prejudicado com a queda de 41% nos preços.
Feijão: O feijão alcançou a produção de 129 mil toneladas, sustentada pela primeira safra. Mesmo assim, os preços continuam abaixo dos patamares de 2024.
Milho: O milho catarinense registrou um crescimento de 25%, com a média de 9,8 toneladas colhidas por hectare, sendo a maior já registrada no estado. No entanto, assim como o feijão, os preços seguem em queda.
Soja: A produção de soja aumentou quase 20%, alcançando 3,27 milhões de toneladas, impulsionada pela maior área plantada e pela boa produtividade. Mas, em julho, o mercado voltou a cair, devido ao cenário do mercado nacional e internacional.
Trigo: Mesmo com a frustrante safra anterior, a produção de trigo atingiu 432 mil toneladas nesta. As lavouras atuais apresentam boas condições, com 98% em fase vegetativa saudável.
A tecnologia, clima favorável e apoio institucional tem cooperado para o crescimento da produtividade no campo. A baixa nos preços tem exigido atenção de políticas de suporte à comercialização e exportação dos produtos.
*Com revisão de Fernando Bortoluzzi
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