4 de outubro de 2025
TVBV ONLINE
Paulo Chagas

Pouco se sabe sobre a condução do projeto das terceiras pistas na BR 282

Pela importância do projeto, faltam informações atualizadas na condução do processo. Trechos no Oeste do Estado tiveram restaurações com inclusão de terceiras pistas. Foto: divulgação DNIT

Pelo que se sabe, a situação do projeto das terceiras pistas na BR-282, no trecho entre Lages e Florianópolis, sob responsabilidade do DNIT, está avançando na etapa de elaboração de estudos e projetos. O DNIT assinou a ordem de início dos serviços para criar os estudos e projetos para a implantação dessas terceiras pistas no trecho entre Águas Mornas e Alfredo Wagner, totalizando 80 km e um investimento de R$ 2,1 milhões. A empresa contratada terá 15 meses para concluir esses estudos, com previsão de finalização para antes de fevereiro de 2026. Também está previsto que as obras sejam licitadas no primeiro semestre de 2026.

Além das terceiras pistas, outras intervenções e projetos relacionados à duplicação e melhorias de segurança na BR-282 estão em andamento ou planejamento, destacando a importância da rodovia para o estado e a pressão regional para que as obras avancem rapidamente.

No entanto, a crítica central em relação ao projeto das terceiras pistas na BR-282, entre Lages e Florianópolis, é a falta constante de transparência e de informações claras e periódicas para as comunidades diretamente afetadas e interessadas. Embora o DNIT tenha avançado nas etapas de estudos e projetos, a disponibilização pública de informações planejadas, o acompanhamento de prazos e impactos ainda é insuficiente, gerando uma sensação de desamparo e insegurança entre os moradores e usuários da rodovia.

Para uma obra de tanta relevância logística e socioeconômica como a BR-282, é fundamental que o DNIT aumente o esforço de diálogo, transparência e prestação de contas, realize audiências públicas ocasionais, divulgando cronogramas atualizados e promovendo canais acessíveis para questionamentos da população. Essa postura não só legitima o processo, mas também garante maior segurança e envolvimento das comunidades, além de minimizar a frustração e os impactos negativos decorrentes da demora nas informações. Nesse caso, há também a ausência de fiscalização mais constante da classe política.