Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,48% no último mês
A inflação do mês de setembro voltou a subir após a deflação de 0,11% registrada em agosto. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o último mês ficou em 0,48%, uma alta de 0,59 ponto percentual. O resultado da pesquisa foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Responsável pela maior variação (2,97%) e maior impacto (0,45 p.p.) no índice desse mês, o grupo Habitação mostrou expansão frente a agosto, quando havia caído 0,90%. Essa foi a maior alta do grupo desde fevereiro de 2025 (4,44%). A principal influência veio da energia elétrica residencial, que saiu de -4,21% no mês anterior para 10,31% em setembro, registrando o maior impacto individual (0,41 p.p.) na taxa de setembro.
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Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, a alta da energia ocorreu em decorrência do fim do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos nas faturas de agosto. “Além disso, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos”, explica.
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou queda (-0,26%) pelo quarto mês consecutivo, com impacto de -0,06 p.p. A variação de setembro foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,41%, após redução de 0,83% de agosto, com destaque para as quedas do tomate (-11,52%), da cebola (-10,16%), do alho (-8,70%), da batata-inglesa (-8,55%) e do arroz (-2,14%). No lado das altas, sobressaem as frutas (2,40%) e o óleo de soja (3,57%).
A alimentação fora do domicílio também desacelerou na passagem de agosto (0,50%) para setembro (0,11%). Em igual período, o subitem lanche saiu de 0,83% para 0,53%, e a refeição foi de 0,35% para -0,16%. Fernando observa que o grupamento dos alimentos para consumo em casa segue com variações negativas. “Dada a maior oferta dos produtos, o que possivelmente já reflete na alimentação fora, com a queda nos preços na refeição”, afirma.
Outros grupos
Dos nove grupos de preços apurados pelo IBGE, três apresentaram deflação (recuo de preços) em setembro. Além de alimentos e bebidas (-0,26%), recuaram também artigos de residência (-0,40%) e comunicação (-1,17%).
Além da habitação, que teve a maior alta (2,97%), os grupos que registraram aumento foram:
- vestuário: 0,72%;
- transportes: 0,63%;
- saúde e cuidados pessoais: 0,17%;
- despesas pessoais: 0,51%; e
- educação: 0,77%.
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