6 de maio de 2025
TVBV ONLINE
Policial

Polícia indicia madrasta que esqueceu criança por 10 horas dentro de carro

Menino de 3 anos foi encontrado sem vida; perícia indica morte por asfixia

A Polícia Civil (PCSC) indiciou a madrasta do menino de 3 anos de idade que morreu após passar cerca de 10 horas trancado dentro de um carro em Videira, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Para os investigadores, trata-se de um homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar.

A conclusão das investigações foi apresentada pelo delegado Édipo Flamia Hellt, titular da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Videira, nesta segunda-feira (5). Segundo ele, os laudos periciais indicam que a causa da morte da criança foi asfixia.

O caso ocorreu no último dia 25 de abril. Em depoimento, a madrasta afirmou que havia levado a companheira, mãe do menino, para o trabalho e se esqueceu de deixar a criança na creche em seguida, como faz diariamente. O jovem ficou no carro entre as 7h e as 17h daquele dia.

 

Imagens obtidas pela PCSC do sistema de monitoramento de uma residência próxima de onde o veículo foi estacionado corroboram a versão dada pela madrasta. “O relatório de investigação policial fez a análise das imagens de todos os horários em que o veículo ficou estacionado, o momento em que a criança apresenta movimento dentro do veículo e, mais de uma hora depois, em que param os movimentos, por volta de 9h05 da manhã, que acreditamos ser a hora do óbito”, explica o delegado.

O que dizem as testemunhas

O laudo cadavérico produzido pela Polícia Científica também detalha que o corpo da criança não apresentava vestígios de violência externa. Além das imagens de monitoramento e dos laudos periciais, a investigação também ouviu testemunhas.

A mãe da criança afirmou que só soube da morte do filho no final da tarde, quando a companheira mandou para ela uma mensagem pedindo perdão pelo que havia acontecido.

A diretora da creche onde o menino estudava relatou que a investigada costumava levar a criança para a escola e que a relação entre eles era muito boa. No dia do ocorrido, porém, a escola não entrou em contato com a família ao perceber a ausência do menino, pois, segundo a diretora, ele apresentou dor de dente e sintomas de gripe no dia anterior e achou que ele estivesse doente.

> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão

A psiquiatra da suspeita também foi ouvida, com a autorização dela. Segundo a profissional, a madrasta faz tratamento com medicamentos para transtornos de ansiedade e de déficit de atenção.

Dinâmica da morte

Ainda no depoimento da indiciada, ela afirmou que, após deixar a companheira no trabalho, esqueceu-se da criança no carro e seguiu direto para casa. Lá, ela trancou o carro e seguiu de bicicleta para o próprio trabalho, na cidade vizinha de Tangará. No fim da tarde, ao entrar no carro para ir até a creche e buscar a criança, percebeu que ela estava dentro do carro. A mulher chegou a chamar o Corpo de Bombeiros (CBMSC), mas o menino já estava sem sinais vitais.

Para a PCSC, diante dos elementos reunidos na investigação, apesar de não intencional, a conduta da investigada contribuiu para a morte da criança. “Essa conduta foi negligente, haja vista que a investigada se omitiu no dever de cuidado e também cabe ressaltar que havia a previsibilidade objetiva. Não foi um fato isolado, a investigada costumava fazer esse trajeto, levar a companheira até o trabalho e, posteriormente, levar a criança até o centro educacional. Então, ela tinha meios de prever que a criança estava no veículo”, completa o delegado Hellt.

A madrasta foi indiciada pelo crime de homicídio culposo e, se condenada, pode pegar até três anos de prisão. Ela responderá ao processo em liberdade. Agora, o relatório do inquérito policial será encaminhado para o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que decidirá se denunciará ou não a mulher.

           

             

Panificadora clandestina é interditada por ‘condições extremamente insalubres’ no Litoral Norte

Empreendimento operava em galpão e abastecia mercados e estabelecimentos da região

A Vigilância Sanitária de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, interditou uma fábrica clandestina de pães e gelo neste domingo (4), que operava em um galpão no bairro Sertão do Trombudo. Segundo a Prefeitura, o estabelecimento funcionava sem alvará e em condições extremamente insalubres, colocando em risco a saúde dos consumidores. O proprietário foi detido.

Continue lendo