Espaço será transformado em centro cultural visando a valorização da cultura africana e afro-brasileira
A antiga Escola Antonieta de Barros, que ficou desocupada por quase duas décadas, será transformada no Centro de Memória e Cultura Professora Antonieta de Barros. A ordem de serviço, que define o início das obras, será anunciada pelo prefeito Topázio Neto nesta sexta-feira (11), às 16h, no pátio lateral da escola no Centro de Florianópolis.
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Segundo a Prefeitura, o novo espaço cultural irá contar com um museu no piso superior do edifício, onde visitantes poderão conferir livros, reproduções de cartas e de imagens, poemas, discursos, entrevistas e exibições de documentários relacionados à professora. Além disso, um miniauditório para eventos será instalado no mesmo andar.
Ainda no andar de cima, haverá um local destinado ao Centro de Memória, Cultura e Arte Negra Catarinense. Lá serão expostos materiais antigos e raros, além de reproduções de imagens e mostras de audiovisuais. O professor Franklin Cascaes também será homenageado com uma sala contendo o acervo permanente do artista.
Já o térreo do prédio será destinado à recepção do público e ações culturais de curta e média duração. Dentre as ações estão incluídas oficinas de dança, teatro, capoeira, práticas de leitura e formação de leitores, desenho e música.
De acordo com a Prefeitura de Florianópolis, o edifício passará por reforço e recuperação estrutural, diversas restaurações na parte interna e externa, e renovação das instalações elétricas.
A cerimônia para a ordem de serviço será realizada nesta sexta-feira, data em que se comemora os 124 anos da professora Antonieta de Barros,. O evento também contará com apresentação musical e interpretação em memória da jornalista e política catarinense.
Quem foi Antonieta de Barros
Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis no dia 11 de julho de 1901. Ela destacou-se por ter assumido uma das cadeiras da Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 1935 como uma das primeiras mulheres eleitas e a primeira negra a ter um mandato popular no Brasil.
No parlamento, foi ativa defensora da emancipação feminina e de uma educação de qualidade para todos, além de ser autora do projeto de lei que criou o Dia do Professor. Antes disso, no entanto, Antonieta de Barros já era notável professora formada pela Escola Normal Catarinense.
Fundou em 1922, na cidade natal, o Curso Antonieta de Barros, com o objetivo de alfabetizar pessoas sem condições financeiras. Além disso, escreveu mais de 1.000 artigos em oito veículos, criou a revista Vida Ilhoa e publicou o livro “Farrapos de Ideias”.
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