Trio foi condenado a mais de 30 anos de prisão; segundo a denúncia, eles trabalhavam para a vítima, para a qual deviam mais de R$ 20 mil
Um trio, composto por dois homens e uma mulher, foi condenado a 31 anos de prisão pelo assassinado do líder de uma organização criminosa no bairro Ingleses, no Norte da Ilha. O crime foi motivado pelo fato dos sentenciados estarem devendo dinheiro à vitima, que tinha 28 anos. A decisão do Tribunal de Justiça, tomada nesta terça-feira (8), foi publicada nesta quinta-feira (10) e condenou os acusados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
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O homicídio aconteceu na tarde do dia 25 de janeiro de 2025, quando, segundo a denúncia, o cabeça do grupo criminoso foi asfixiado até a morte. A sentença aponta que um dos envolvidos atraiu a vítima até a casa de um outro réu, alegando que iria apresentar uma suíte para aluguel. Quando chegou no local, o chefe da quadrilha foi surpreendido pelos criminosos, que o agrediram, prenderam em uma cadeira e utilizaram um travesseiro para sufocá-lo. Tudo foi gravado pela câmera do celular de um dos denunciados.
No dia seguinte, o corpo foi embrulhado em um cobertor, amarrado com fios de luz e transportado até a servidão Beija-Flor, no bairro Vargem Grande, onde foi escondido em uma área de mata. Oito dias depois, uma moradora das proximidades se incomodou com um forte odor vindo do mato e foi averiguar. Ao encontrar o corpo, ela acionou a polícia.
Como o indivíduo estava cumprindo pena sob regime aberto, ele usava uma tornozeleira eletrônica, que, embora com pouca bateria, facilitou a identificação inicial, que depois foi complementada pelas perícias técnicas.
A denúncia feita pelo MP afirma que o assassinato ocorreu porque os réus, também envolvidos no tráfico e consumo de drogas, deviam quase R$ 23 mil à vítima, dívida essa contraída pelo grupo durante dois meses em que o “chefe” passou preso e eles controlaram o negócio. Além de consumirem parte da mercadoria, eles também vendiam e ficavam com o dinheiro para si, conforme dados resgatados em conversas por WhatsApp dos envolvidos.
Condenações
A mulher, de 30 anos, que ajudou a planejar o crime e segurou os pés da vítima durante o homicídio, foi condenada a 13 anos de prisão em regime fechado. Já o homem, de 26 anos, que arquitetou o homicídio e usou o travesseiro para matar a vítima, foi sentenciado igualmente a 13 anos de prisão em regime fechado. O segundo homem, de 25 anos, que atraiu a vítima até a casa e tirou fotos do sufocamento, foi condenado a cinco anos e dois meses em regime semiaberto. Cada um dos réus terá de pagar o equivalente a 1/3 do salário mínimo.
Imagens: Grande área de desmatamento irregular é flagrada às margens da BR-282
Grupo será responsabilizado nas esferas administrativa e criminal
Os responsáveis pelo desmatamento irregular de uma grande área em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, responderão administrativamente e criminalmente, conforme prevê a legislação ambiental vigente. Eles foram pegos em flagrante nesta quinta-feira (10) com maquinário pesado em um enorme espaço degradado.