28 de agosto de 2025
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Capivara é a 4ª espécie com maior risco de colisão com aeronaves

Foto: Allan Carvalho/PMF
Guia elaborado pela UFSC categoriza animais que representam maior risco à segurança da aviação; confira o top 10

Um guia elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou um dado inusitado. Apesar de não voarem, as capivaras, consideradas os maiores roedores vivos do mundo animal, são a quarta espécie com maior risco de colisão com aeronaves. Para chegar a esta descoberta, o Guia de Espécies para Gerenciamento do Risco de Fauna analisou ocorrências registradas entre 2011 e 2024 em 120 aeródromos.

O grande campeão de risco no Brasil é o urubu-de-cabeça-preta, com mais de 600 ocorrências registradas no período. O Guia, desenvolvido pelo Laboratório de Transportes e Logísticas (LabTrans) da UFSC com a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC/MPor), categoriza 30 espécies e é um instrumento para identificar aquelas que representam maior risco à segurança operacional da aviação. No cálculo, considera-se o volume de colisões com dano, com dano maior e o efeito que provocam no voo.

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No caso das capivaras, o guia aponta 33 colisões a partir de 2019, ano em que os acidentes com este animal começaram a ser reportados, sendo uma delas em Florianópolis. Cinco destas colisões geraram danos ou prejuízo, onde o pouso é a fase de maior ocorrência, com 19 episódios. A arremetida foi o efeito mais comum no voo, com quatro reportes. Além disso, há registros em 11 aeródromos, entre Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Acre e Pernambuco.

Para evitar este tipo de acidente, o Guia recomenda o monitoramento constante das valas de drenagem para identificar a presença de animais que possam causar risco às operações, a análise de impacto sobre a segurança operacional e o cercamento da mata da cabeceira para conter animais e impedir que acessem o sistema de pistas. Cercas devem ser instaladas em áreas operacionais onde grupos de capivaras foram identificados.

Imagem: UFSC

O Guia

O material identifica espécies que representam risco de colisão com aeronaves, também conhecido como birdstrike ou wildlife strike. O guia fornece informações detalhadas sobre cada espécie, incluindo características gerais, hábitos, e medidas para reduzir sua presença em aeródromos e aumentar a segurança operacional.

Urubus, garças, corujas, andorinhas, pombos e quatro espécies de morcegos também estão entre as espécies registradas. No caso do urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), líder do ranking, foram registrados danos em 280 colisões, sendo o pouso de precaução o efeito mais comum.

O maior volume de ocorrências não necessariamente vai indicar maior severidade. O “Quero-quero” é um exemplo disso. Foram 5939 ocorrências, mas ele está apenas na posição 37 do ranking da severidade relativa de 2025. A ave é um animal pequeno, que tem entre 277 a 426 gramas e uma probabilidade muito menor de causar danos, danos maiores ou efeitos nas operações de voo quando comparadas a espécies como o Urubu-de-cabeça-preta.

Confira o top 10 de severidade na aviação

  • Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus)
  • Seriema (Cariama cristata)
  • Fragata (Fregata magnificens)
  • Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
  • Urubu-da-mata (Cathartes melambrotus)
  • Biguá (Nannopterum brasilianum)
  • Gavião-preto (Urubitinga urubitinga)
  • Anu-preto (Crotophaga ani)
  • Carrapateiro (Milvago chimachima)
  • Águia-pescadora (Pandion haliaetus)

           

             

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