O finlandês Toni Hakala, condenado pela morte e ocultação do corpo da ex-namorada em Florianópolis, levava uma “vida normal” e foi expulso do país pela Polícia Federal após “cumprir a pena”
Após a pena de 18 anos e 10 meses de prisão ser encerrada o finlandês, Toni Hakala, foi expulso do Brasil na última segunda-feira (14) pela Polícia Federal, com base em uma decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Hakala foi condenado pelo júri popular pela morte da ex-namorada e dançarina, Elisângela Cordovil Coelho, de 29 anos. Ele teve a progressão da pena para o regime aberto pelo menos desde 2019, como mostram os registros divulgados em uma rede social. Já a pena em si encerrou em junho deste ano.
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A Jovem desapareceu no dia 23 de março de 2008 e o corpo foi encontrado enterrado, enrolado em um tapete, na praia do Moçambique, no Norte da Ilha de Santa Catarina. O inquérito policial que apurou o crime foi coordenado pelo delegado Anselmo Cruz, então responsável pela 10ª Delegacia da Lagoa da Conceição. “Foi uma investigação bastante complexa, também pelo fato de um cidadão estrangeiro ter cometido o crime no Brasil”, comentou o delegado.
Com base exame do cadáver a investigação apontou que a dançarina foi morta asfixiada e que após o crime Hakala, com a ajuda de um amigo que também foi denunciado, furtou o carro da vítima e enterrou o corpo. O acusado matou Elisangela para evitar que ela denunciasse um suposto esquema de tráfico de drogas. Na época o Ministério Público (MPSC) denunciou ainda outros cinco homens suspeitos por participar no crime, pela ocultação do cadáver ou por furto.
A investigação
O delegado Anselmo Cruz relembra que foi um inquérito de grande repercussão. “Conhecido como o caso da dançarina, foi uma garota de programa assassinada pelo ex-companheiro”, disse. O cadáver apenas foi encontrado após 46 dias de buscas. Ele conta que conseguiram encontrar o corpo enterrado a cerca de um metro e meio na restinga da praia do Moçambique. “Em momento algum ele (Hakala) admitiu ou colaborou com a investigação, mas o com o trabalho da Polícia Civil conseguimos alcançar a condenação e periculosidade que ele representava pelas características de violência e pela ligação com o tráfico internacional de drogas, situações bastante pesadas”, completou Cruz. O delegado finalizou dizendo que a expulsão de Hakala, após cumprir a pena, coloca um fim no caso e no trabalho policial realizado.
A expulsão
Tony Hakala levava uma vida normal no Brasil e atuava como lutador e coaching. Nas redes sociais e na internet ele divulgava as atividades profissionais e de treinamento, entre elas treinamentos junto a equipe do Corinthians. De acordo com a Polícia Federal, após o “cumprimento integral da pena no sistema prisional brasileiro”, foi determinado, com base na Lei de Migração, que Tony Hakala fosse expulso do país. O estrangeiro foi escoltado por policiais federais até o Aeroporto Internacional de Florianópolis, de onde foi colocado em voo com destino à Finlândia. Ele está proibido de retornar para o Brasil.
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