O concreto se espalhou e as cidades cresceram tomando conta dos campos, matas e margens de rios. Onde o som da fauna se espalhava ele virou eco em muralhas, as árvores foram trocadas por postes com os fios sendo galhos improvisados para o descanso de pássaros. No asfalto, famílias de capivaras caminham convivendo com o cheiro de fumaça no lugar do vento e jacarés descansam ao lado de shoppings, com a calma de quem não pediu para mudar de endereço.
O homem se espalhou como se fosse o verdadeiro dono da terra e se esqueceu que ali já existiam moradores. Convivemos em uma paisagem inventada, com inquilinos de patas, escamas. Isso deixa claro que a cidade não apagou a natureza e é esta presença que reforça que nunca fomos os únicos. Não temos como retroceder, mas aprender a viver neste quadro, criado por Deus e modificado pelo homem. Com esse foco, a 2ª fase do Projeto Capi Floripa foi aberta para a comunidade com o curso Convivência e Cuidado com a Fauna Urbana. A iniciativa busca sensibilizar a população para desenvolver ações e atividades que dialoguem com a biodiversidade urbana.
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O curso terá quatro encontros, entre os dias 21 de agosto e 16 de outubro, 18h às 20h. O tema central vai permear a fauna urbana, saúde pública e convivência com animais silvestres na cidade. Um foco especial será a convivência com as capivaras, espécie presente em diversas áreas urbanas da capital e que se tornou mais comum com o cercamento do Horto Florestal de Florianópolis.
Ainda dentro da programação serão discutidos assuntos como ecologia das capivaras, saúde pública e febre maculosa, áreas protegidas e unidades de conservação, além de metodologias participativas em educação ambiental. As inscrições podem ser realizadas através deste link com o preenchimento de um cadastro, as vagas são limitadas.
Chegou a hora valorizar a Ilha do Campeche e quem protegeu aquele paraíso
Muito já falei nesta coluna sobre as belezas da Ilha do Campeche e a importância do local como patrimônio histórico e natural. Por muitos anos aquele paraíso foi deixado de lado por administrações municipais e pensamentos retrógrados de órgãos Federais. Assim, a Ilha ficou a mercê de aproveitadores, mas por sorte algumas entidades, como a Associação de Preservação da Ilha do Campeche (ACOMPECHE), que…