Mais de 5 mil boletins de maus-tratos contra animais no espaço foram represados e não tiveram apuração; Veja o que diz a prefeitura
O Ministério Público de Santa Catarina cobra melhorias urgentes na estrutura da Diretoria de Bem Estar Animal de Florianópolis. Fiscais do órgão encontraram condições precárias na estrutura e no atendimento aos animais. Entre as mais graves, está o elevado número de ocorrências de maus-tratos. De acordo com o MP, mais de 5 mil boletins de ocorrência foram represados e não tiveram apuração.
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Outros aspectos encontrados são alvos de cobrança do órgão, como superlotação de animais, pets em gaiolas pequenas, confinados sem luz natural e com forte odor de urina e fezes, ausência de gerador de energia, medicamentos vencidos e falta de insumos básicos. Diante dos fatos apurados, o MP cobra a melhoria dessas condições e ainda exige investimento da administração municipal na execução de medidas a curto, médio e longo prazo.
“Como medidas estruturantes, a ação civil pública busca a reforma completa da unidade da DIBEA, separação adequada de ambientes para cães e gatos, equipamentos cirúrgicos e clínicos conforme normas do Conselho Federal de Medicina Veterinária, estoque regular de medicamentos, fornecimento de EPIs e insumos de higiene, contratação de pessoal para limpeza e cuidados, videomonitoramento e estrutura para dias de calor e chuva”, conclui o Promotor de Justiça Luciano Trierweiller Naschenweng.
Prefeitura se manifesta
Procurada pela reportagem do portal TVBV Online, a prefeitura de Florianópolis se manifestou sobre o assunto. Em nota, o órgão explicou que os animais ficam alocados nas gaiolas de forma temporária, enquanto aguardam atendimento ou passam por cuidados médico-veterinários específicos. Também sobre isso, a prefeitura afirmou que contratou um espaço extra, para que nenhum cão permaneça em gaiolas, além da reestruturação dos canis internos.
A nota segue dizendo que seis novos veterinários já foram contratados e estão atuando no local. Além disso, seis estagiários estão em contratação para integrar a equipe. Sobre a superlotação, o município reconhece o problema, mas explica que “o número de resgates necessários é maior do que a quantidade de adotantes interessados que chegam até a instituição”.
Por fim, a nota ressalta que houve, recentemente, o lançamento da licitação do primeiro hospital veterinário público do município. “Acarretará no cumprimento de todos os pedidos técnicos do MPSC”, finaliza
Nota completa
A Diretoria de Bem-Estar Animal de Florianópolis informa que trabalha com foco na proteção dos animais e resgata com frequência cães, gatos e cavalos em situação de maus tratos ou abandono, em conjunto com a Polícia Civil de Santa Catarina. O órgão está lotado, já que o número de resgates necessários é maior do que a quantidade de adotantes interessados que chegam até a instituição. A Dibea realiza campanhas frequentes de adoção para encontrar novas famílias para os animais.
Nos finais de semana, um veterinário plantonista atende as necessidades dos acolhidos. Os animais ficam em gaiolas, temporariamente, quando aguardam atendimento ou passam por cuidados médico-veterinários específicos. A Prefeitura contratou na semana retrasada um espaço extra, para que nenhum cão permaneça em gaiolas, além da reestruturação dos canis internos. Quatro novos veterinários começaram recentemente e seis estagiários estão em contratação para integrar a equipe. Vale destacar ainda que, recentemente, a licitação do primeiro Hospital Veterinário público de Florianópolis foi lançada pela administração municipal para ampliar atendimentos gratuitos para garantia de saúde, bem-estar animal e saúde pública, o que acarretará no cumprimento de todos os pedidos técnicos do MPSC.
Polícia investiga morte por espancamento em bar na Praia dos Amores
Homem teria interferido em uma situação de assédio e acabou agredido
A morte por espancamento de um homem em um bar na Praia dos Amores, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, é alvo de investigação da Polícia Civil de Santa Catarina. As equipes atuam na análise de câmeras de segurança do local e arredores, e na coleta de relato de testemunhas para esclarecer as circunstâncias do crime.
