Muitas pessoas que caminham pelo Largo Benjamin Constant, no Centro de Florianópolis, podem não entender o porquê uma aeronave com a asa quebrada foi desenhada no piso em um mosaico. Os moradores mais antigos da cidade conhecem o local como a “Praça do Avião”, contudo esse nome está ligado a uma tragédia. Tudo ocorreu na manhã do dia 28 de novembro de 1961 quando a Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira (FAB) realizava uma apresentação na capital catarinense. O espetáculo dos “ases da aviação” era em alusão a cerimônia de entrega de espadins para aspirantes a oficiais da Polícia Militar que era realizada no Quartel do Comando da PM, na frente da Praça dos Bombeiros.
No decorrer do espetáculo duas das aeronaves, modelo T6, colidiram. Um dos aviões perdeu parte da asa, ficou sem controle e caiu. Em seguida a aeronave colidiu contra a casa do General Vieira da Rosa, que seria prefeito da cidade no período de 1964 a 1966. O piloto Durval Trindade, de 27 anos, morreu com o impacto do avião contra o solo. Já o segundo piloto conseguiu levar o avião até a Base Aérea de Florianópolis e aterrizar em segurança.
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O que chama a atenção é que a apresentação em Florianópolis não estava programada e ocorreu por acaso. Os quatro aviões da esquadrilha seguiam do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, mas no trajeto uma das aeronaves, a mesma que caiu, apresentou problemas mecânicos e o grupo foi obrigado a realizar uma parada. Como a esquadrilha estava na cidade o comando da Polícia Militar solicitou uma demonstração durante o evento da entrega de espadins. A cidade cresceu e prédios surgiram no entorno do local da queda que ainda guarda na calçada o registro, com o desenho do avião com a asa quebrada, a inscrição do modelo da aeronave, a sigla FAB e a data do acidente.

O “chauffeur manezinho” que levou a Ilha para o pódio
Entre calçadas antigas e esquinas apressadas, Florianópolis guarda em suas ruas memórias que poucos olhos enxergam. Cada placa, pode representar mais que um nome, mas um pedaço de história sussurrado ao tempo. Quando caminhamos pelas ruas de Florianópolis não percebemos que elas guardam muita história. Elas homenageiam autoridades e…