23 de outubro de 2025
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Operação mira ‘golpe do falso advogado’ após vítima perder R$ 270 mil

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Suspeitos se passaram pela defesa da vítima para cobrar taxas para a liberação de valores de processos judiciais

A Polícia Civil de Santa Catrina (PCSC) deflagrou nesta quinta-feira (23) uma operação contra integrantes de um grupo criminoso voltado à prática do chamado “golpe do falso advogado”. A ação ocorre após uma vítima de Florianópolis perder R$ 270 mil para os golpistas, baseados nos estados do Ceará e do Rio de Janeiro.

A Operação Litis Simulato cumpre 16 mandados de prisões temporárias e 25 de busca e apreensão nas residências dos investigados. Os alvos são suspeitos de operarem o esquema golpista e também serem “laranjas”, responsáveis por receber os valores da fraude em suas contas bancárias.

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De acordo com a PCSC, as investigações tiveram início em março de 2024, após a vítima denunciar ter sido alvo do golpe. Ela relatou ter um processo judicial contra o Estado de Santa Catarina ter recebido ligações dos golpistas, que se apresentavam tanto como seu advogado como como “secretária” dele. Os criminosos cobravam “taxas” e “custas processuais” inexistentes para dar prosseguimento ao processo, montante que somou aproximadamente R$ 270 mil.

A operação teve apoio do CyberLab do Ministério da Justiça para identificar os suspeitos e das Polícias Civis do Ceará e do Rio de Janeiro para o cumprimento das ordens judiciais. O caso segue sob investigação para a identificação de possíveis outros envolvidos.

Foto: Polícia Civil (PCSC)

Segundo grupo golpista desarticulado no mesmo dia

Um segundo grupo criminoso também investigado pelo golpe do “falso advogado” foi alvo da Operação Fake Law, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e pela PCSC nesta quinta-feira (23) em três municípios do Ceará. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores vinculados aos investigados nas cidades de Aquiraz, Eusébio e Fortaleza. Ninguém foi preso na ocasião.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o método de aplicação do golpe deste grupo era similar ao realizado contra a vítima de Florianópolis. As investigações revelaram que integrantes conseguiram vazar os dados de escritórios de advocacia catarinenses para ter acesso ás informações dos clientes e processos judiciais em andamento. Com os dados em mãos, os suspeitos entravam em contato com as vítimas, informavam sobre um possível ganho de causa e solicitavam pagamentos, alegando que valores vinculados ao processo seriam liberados em seguida.

O que fazer em caso de suspeita de golpe

A PCSC alerta a população para que redobre a atenção ao receber contatos suspeitos que envolvam o pagamento de qualquer valor para liberação de quantias em ações judiciais, precatórios ou qualquer outro crédito. O Poder Judiciário e os advogados regularmente constituídos não solicitam depósitos ou transferências via PIX ou boleto para liberar valores de processos.

Em caso de dúvidas sobre a veracidade de um contato, a orientação é:

  • Nunca realize pagamentos solicitados por canais não oficiais (WhatsApp, SMS, ligações de números desconhecidos).
  • Entre em contato diretamente com seu advogado por um telefone ou e-mail já conhecido e verificado, ou ligue para a unidade judiciária onde o processo tramita.
  • Desconfie de qualquer solicitação que crie senso de urgência ou ameace o cancelamento da liberação dos valores.

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