Substância usada em produtos em gel foi classificada como ‘cancerígena, mutagênica ou tóxica para a reprodução’ na Europa
No último dia 1º, a União Europeia proibiu o uso da substância TPO (Óxido de Tilbenzoil Difenilfosfina) em esmaltes de unhas em gel. A decisão foi tomada com o objetivo de proteger consumidores e profissionais da área de beleza contra possíveis riscos à saúde.. No Brasil, o uso do TPO ainda é permitido.
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Esta é uma das substâncias que garantem a rápida fixação do esmalte, quando em contato com a luz LED ultravioleta. No entanto, estudos realizados em animais levaram os reguladores europeus a classificarem a substância como “cancerígena, mutagênica ou tóxica para a reprodução”. Com isso, estabelecimentos da União Europeia que ainda possuem o produto em estoque devem interromper seu uso e realizar o descarte adequado.
No Brasil, o cenário é diferente. A substância continua sendo permitida, uma vez que a Anvisa, agência responsável pela regulamentação de produtos e serviços de saúde, ainda não impôs restrições ao TPO. A Sociedade Brasileira de Dermatologia destaca que, até o momento, não há consenso científico sobre os efeitos da substância em humanos.
No entanto, existem outras técnicas autorizadas, não prejudiciais, que utilizam componentes diferentes e não prejudiciais. É o caso de fotoiniciadores alternativos que são utilizados no mercado, que permitem a secagem rápida, sem o uso de TPO.
Entenda a diferença de esmaltação comum e em gel
Enquanto os esmaltes tradicionais secam sozinhos pelo ar, o esmalte em gel precisa de camadas finas e secagem com luz especial. Além disso, o esmalte tradicional sai facilmente com acetona, enquanto o gel exige uma técnica específica e imersão em acetona pura para remoção, sem danificar a unha.
O esmalte tradicional é indicado para quem prefere mudar as cores das unhas com frequência e realizar manutenções regulares. Por outro lado, o esmalte em gel é recomendado para quem busca maior durabilidade e menos retoques, oferecendo um acabamento mais resistente. No entanto, o uso contínuo dessa técnica pode enfraquecer as unhas, especialmente se não forem feitas pausas adequadas e a remoção não for realizada corretamente.
Atenção com o uso contínuo da esmaltação em gel
Embora tenha se tornado bastante popular no Brasil, a esmaltação em gel pode trazer riscos à saúde das unhas quando feita com frequência. Especialistas alertam que o uso repetido de produtos químicos agressivos e a constante lixagem da superfície das unhas podem comprometer a estrutura natural, deixando-as mais finas, quebradiças e propensas ao descolamento.
A remoção com acetona pura, por exemplo, pode causar ressecamento e danos às camadas da unha. Outro ponto de atenção são as reações alérgicas, como a dermatite de contato, que pode provocar sintomas como vermelhidão, coceira, inchaço e lesões na pele ao redor das unhas.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para alguns cuidados para proteger as unhas e a pele. “Prefira removedores sem acetona; evite unhas em gel; faça pausas entre uma esmaltação e outra; procure profissionais qualificados e locais adequados e use protetor solar nas mãos antes de expô-las à cabine LED/UV”, e lembra que “saúde vem antes da beleza”.
*Com revisão de Fernando Bortoluzzi e Flávio Jr.
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