Colheita das variedades conilon e o tarifaço provocaram queda, mas ela pode ser temporária
Após um ano e meio de sucessivas altas, o preço do café finalmente apresentou uma queda, embora modesta, de 1% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, marcando a primeira redução desde dezembro de 2023. Este recuo, apesar de leve, representa uma esperança de estabilização no mercado após meses de alta nos preços.
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A recente safra de café, especialmente a variedade coniilon que é amplamente cultivada no Espírito Santo, começou a chegar ao mercado, contribuindo para um cenário mais equilibrado desde maio. “O mercado, felizmente, começou a se acomodar”, destacou um dos cafeicultores, Iuri Romagna, que acompanha de perto não apenas o mercado interno mas também as exportações.
Apesar da queda nos preços, os cafeicultores enfrentam desafios significativos com o aumento constante dos custos de insumos e mão de obra, além da falta desses recursos no mercado. Romagna mencionou que a crise de oferta do ano passado, causada por uma combinação de baixa produtividade e alto consumo, pressionou os preços para cima, uma situação que se aliviou um pouco com a chegada da nova safra.
Em meio a este cenário, o preço das sacas de café, que anteriormente chegaram a valer 2000 BRL, foi reduzido pela metade após a colheita e a imposição de tarifas. Especialistas no setor apontam que o “tarifaço” não teve efeito imediato na queda dos preços, mas poderá influenciar o mercado nos próximos meses, podendo tanto estabilizar quanto aumentar os preços, dependendo de variáveis como clima, demanda e oscilações no mercado internacional e geopolítico.
A expectativa para os próximos meses é de estabilidade, o que favorece a previsibilidade para os industriais do café, embora o setor ainda esteja sujeito a algumas variações. “Nós viemos num cenário muito favorável ao produtor rural, que foi no início do ano”, afirmou Romagna, destacando as complexidades do mercado de café que continuam a desafiar os produtores e consumidores brasileiros.
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