17 de outubro de 2025
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Economia

SC é campeã na produção de queridinha na mesa dos brasileiros; descubra

Foto: Banco de imagens
Estado é responsável por mais de 30% da cebola do país, mas luta com os problemas da alta oferta

Santa Catarina é responsável por uma grande variedade de produtos indispensáveis na mesa do brasileiro no dia a dia. Reconhecida internacionalmente pela intensa produção agropecuária, especialmente de carnes suínas e de frango, o estado carrega também o título de campeão nacional na produção de uma hortaliça que pode ser servida desde como prato principal, salada e até mesmo tempero, presente em quase todas as receitas, desde cozidos até refogados.

Trazida ao Brasil pelos portugueses no século XVI, a cebola hoje ocupa um espaço na culinária de todas as regiões, desde a moqueca baiana até o churrasco gaúcho. Agricultor e presidente do Sindicato Rural de Ituporanga – Capital Estadual da Cebola – Arny Mohr destacou a importância dessa hortaliça em entrevista ao TVBV Online nesta sexta-feira (17), quando comemora-se o Dia da Agricultura. “A gente vê que ela é muito mais forte ainda, mas já vem de uma tradição de mais de 60 anos no Brasil como um tempero no prato do brasileiro”, comenta

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Em 2024, a agricultura catarinense teve participação de 31,8% no total da produção de cebola no país, alcançando o montante de 556 mil toneladas. É o maior valor entre todos os estados brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – e que já tem um crescimento projetado para esta próxima safra.

Em 2025, a produção da tem boas expectativas, apesar das constantes quedas no preço da saca. De acordo com analistas da Epagri, a projeção é de que o saldo da colheita, que inicia no próximo mês de novembro, tenha uma alta de 6,9% em relação à anterior, chegando a 594 mil toneladas. O crescimento é resultado de lavouras em bom estado, aumento de 1,2% da área plantada e à melhoria na produtividade média, projetada em 30,4 toneladas por hectare.

Foto: Divulgação/Epagri

Os problemas da alta produção

Apenas Ituporanga, no Vale do Itajaí, estima colher mais de 277,3 toneladas de cebola nesta safra. O município deve ser responsável por praticamente metade da produção em todo o estado (46,6%). Os números animam os agricultores como Arny, principalmente com a possibilidade de retomada do mercado após uma sucessiva queda nos preços da cebola – causada justamente pela alta disponibilidade do produto no mercado.

Segundo o produtor, a competitividade aumentou com a produção da hortaliça na região do Cerrado. “Até 10 anos atrás, quem plantava cebola era nós, a região Sul, Santa Catarina principalmente, e alguma coisa nas regiões nordeste e São Paulo. Mas era uma cultura da agricultura familiar. Nos últimos anos começou a entrar na região do Centro-Oeste, de Goiás, Minas, e grandes fazendas começaram a plantar, então está sobrando”, explica o agricultor.

Arny Mohr trabalha no ramo da cebolicultura há 40 anos, tradição que passou de pai para filho. Foto: Arquivo pessoal

Apesar disso, a esperança dos produtores é de que as boas projeções da próxima safra vão de encontro com uma redução na competitividade do mercado. “Temos essa expectativa. O que a gente sabe, parece que alguns estados estão terminando a coleta. E com a diminuição da oferta, esperamos que seja um pouco melhor para nós aqui. A última safra foi muito ruim para a região Sul. Nós já estamos com um preço ruim mais de ano”, finaliza Arny, explicando ainda um diferencial que apenas o estado campeão nacional de produção de cebola possui.

A nossa cebola aqui tem uma qualidade diferenciada dos outros estados. Nós costumamos trabalhar na região Sul com cebolas vermelhas. Cebolas vermelhas são mais aceitas pelo mercado.

Segundo apuração da Epagri/Cepa, o último registro de preço de cebola pago ao produtor catarinense, apurado pela Epagri/Cepa em junho de 2025, indicava que a saca de 20 kg (Classe 3 a 5) foi comercializada a R$ 30,36, valor inferior ao custo médio de produção, estimado em R$ 1,67/kg. No mercado atacadista, o preço médio da saca de 20 kg registrou queda de R$ 57,02 em julho para R$ 42,56 em agosto, uma retração de 25,4% em apenas um mês.

           

             

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