19 de agosto de 2025
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Cotidiano

Viúvas do mesmo homem dividirão pensão após decisão da Justiça

Foto: Banco de imagens
Os três viveram uma relação poliafetiva por 35 anos no interior de SC

Duas mulheres, moradoras de Santa Terezinha do Progresso, no Extremo Oeste de Santa Catarina, terão o direito de dividir a pensão por morte deixada pelo marido delas. Essa foi a decisão da Justiça Federal, proferida nesta segunda-feira (18), após observar que os três viveram, durante 35 anos, uma relação poliafetiva.

A decisão atende ao recurso das mulheres em um processo contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que havia sido negado em primeira instância. “No campo do Direito Previdenciário, a ausência de proteção estatal a esta família implicaria a desconsideração de toda uma realidade experienciada por mais de 35 anos e o aviltamento da dignidade de todas as pessoas envolvidas”, afirmou a juíza Gabriela Pietsch Serafin, relatora do recurso.

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Para a magistrada, duas normas impediriam o direito ao benefício a duas cônjuges do falecido. A primeira delas é uma decisão de 2018 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que proibiu o registro de uniões envolvendo três ou mais pessoas em cartório. No entanto, a juíza argumenta que a norma não impede que essas relações sejam reconhecidas na Justiça.

Já o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que não é possível reconhecer duas uniões estáveis “paralelas” ou “simultâneas”. Entretanto, o caso concreto, segundo Gabriela, trata de uma única família. “O núcleo familiar é único e interdependente, constituído de forma diversa do comum, mas pautado na boa-fé”, observou a juíza.

O voto citou dois casos judiciais precedentes, um de julho deste ano, da Justiça do Estado de São Paulo em Bauru, e outro de agosto de 2023, da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul em Novo Hamburgo. As situações tratavam de questões civis.

As duas viúvas, atualmente com 60 e 53 anos de idade, viveram juntas com o companheiro de 1988 a 2023, quando ele faleceu – com uma delas, a união tinha começado em 1978. Os três construíram uma vida juntos na pequena cidade com 2,4 mil habitantes. A família teve oito filhos, quatro de cada mãe, e trabalhava na agricultura. O relacionamento poliafetivo era público e notório na comunidade local.

           

             

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