Muito já falei nesta coluna sobre as belezas da Ilha do Campeche e a importância do local como patrimônio histórico e natural. Por muitos anos aquele paraíso foi deixado de lado por administrações municipais e pensamentos retrógrados de órgãos Federais. Assim, a Ilha ficou a mercê de aproveitadores, mas por sorte algumas entidades, como a Associação de Preservação da Ilha do Campeche (ACOMPECHE), que cuida do local desde a década de 40, lutaram para preservar e garantir este patrimônio para as futuras gerações.
Agora novos caminhos começaram a ser traçados e pelo que tudo indica a Ilha, e quem realmente atuou para protegê-la, serão valorizados da forma que merecem. Na próxima segunda-feira (18) o prefeito, Topázio Neto, vai assinar o decreto que cria a Unidade de Conservação Monumento Natural (Mona) da Ilha do Campeche. Esta é uma categoria de área protegida que busca preservar a natureza e sítios arqueológicos, mas que também oferece a possibilidade de utilização baseada em regras estabelecidas em um plano de manejo para a visitação e o uso dos recursos.
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Segundo o secretário de Meio Ambiente de Florianópolis, Alexandre Waltrick, após a assinatura uma empresa vai ser contratada para a construção do plano, que já vai entrar em prática já na temporada de verão 2025/2026. “Vamos fazer com que a Ilha do Campeche possa ser preservada e seja um atrativo turístico para cidade e para os moradores, já que que hoje fica difícil para quem mora em Florianópolis devido aos valores aplicados no transporte até a ilha”, comentou o secretário.
>> Fotos: Um relicário esculpido pelo tempo e pelo mar
Ele ainda reforçou que os valores e as formas de acesso a ilha serão controlados pela administração municipal com uma fiscalização mais efetiva. “Vamos usar como case, pois o objetivo é montar um polo de turismo diferenciado. Precisamos rever diversas situações, como a de restaurantes e a sanitária para que os visitantes tenham um suporte adequado. O prefeito Topázio Neto está empolgado para fazer o melhor projeto possível”, reforçou.
O secretário afirmou ainda que o foco é organizar e dar voz as entidades, que atualmente fazem parte do TAC (Termo de Ajuste de Conduta), para que elas possam participar do planejamento. “Teremos uma reunião em setembro onde todos poderão dar sugestões”, completou. Durante a conversa, Waltrick também destacou a importância da ACOMPECHE para a preservação da Ilha do Campeche. “É muito importante que o trabalho realizado pela Associação continue e que ela seja parceira, considero isso um ponto primordial. Eles fazem um trabalho muito bacana, sem a associação a ilha não existiria”, completou o secretário de Meio Ambiente da Capital.
Confira imagens do paraíso
Fotos: Um relicário esculpido pelo tempo e pelo mar
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