20 de agosto de 2025
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Criminosos se passam por advogados de SC para aplicar golpes

Polícia Civil de SC e RJ cumpre mandados na Comunidade do Dendê, na Ilha do Governador (RJ). Foto: PCERJ/Reprodução
Investigação da PCSC revela que golpistas invadem sistemas da Justiça para obter informações sensíveis

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) deflagrou nesta quarta-feira (20) uma megaoperação em seis estados contra um grupo criminoso especializado em golpes. Os criminosos se passam por advogados de Santa Catarina e cobram das vítimas custas processuais a partir de dados obtidos com a invasão de sistemas do Poder Judiciário.

A Operação Lex Falsa cumpriu ao todo 66 ordens judiciais, sendo 12 de prisão e 27 de busca e apreensão. As ações ocorreram nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte, com o apoio de policiais civis locais, além do Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

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A investigação que resultou na operação é conduzida pela Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE/DIC) de Joinville, em conjunto com o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (NIS/TJSC) e a Ordem dos Advogados do Brasil em SC (OAB/SC). Para a PCSC, a prática contínua deste tipo de golpe compromete a ordem pública e econômica e prejudica a atuação de advogados em todo o território nacional, colocando em risco a confiança da sociedade no sistema de Justiça.

Golpistas sofisticaram modo de agir

A Operação Lex Falsa tem como alvo pessoas físicas e empresas que se associavam de forma reiterada para a prática conhecida como Golpe do “Falso Advogado” ou “Falso Precatório”. Os suspeitos utilizavam informações obtidas ilegalmente de processos judiciais e entravam em contato com as vítimas utilizando a identidade de seus advogados.

Com dados e documentos como sentenças ou guias de pagamento – tanto verdadeiros como fabricados –, os golpistas solicitavam a transferência de valores referentes a “custas dos processos” inexistentes, com a promessa de conseguir liberar recursos aguardados pelas partes no âmbito de processos. Desta forma, os litigantes eram induzidos a erro e os criminosos lucravam com a fraude.

De acordo com a PCSC, o número de criminosos envolvido neste tipo de golpe se expandiu e sofisticou a maneira de agir nos últimos anos. Os golpistas costumavam atuar a partir de pequenos grupos no Ceará, mas hoje se concentram em outros estados do nordeste e do sudeste. Eles também especializaram-se em invadir sistemas dos Tribunais de Justiça a partir de dados comprometidos de advogados e servidores, ao invés de apenas reunir informações simples de fontes abertas na internet.

           

             

Bet teria movimentado mais de R$ 1 milhão com golpes em Balneário Camboriú

Grupo por trás da plataforma angariou centenas de investidores e ‘sumu’ com o dinheiro, afirma PF

Um suposto grupo criminoso que se passava por uma empresa de apostas esportivas online – as populares bets – em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (20). Os investigados teriam movimentado mais de R$ 1 milhão com golpes para atrair investidores e apostadores.

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