Quinze pessoas foram presas e 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro estados brasileiros
Um grupo responsável por sonegar mais de R$227 milhões em impostos foi alvo do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) na manhã desta terça-feira (16). A operação, denominada Mercado de Pandora, prendeu 15 pessoas e cumpriu 44 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros.
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A Justiça também expediu 69 ordens de bloqueio de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 227.693.596,10. Apenas em Santa Catarina, a estimativa do montante sonegado chega próximo de R$ 45 milhões. Durante a operação, uma pessoa foi presa em flagrante pelo porte de arma de fogo de calibre restrito.
As ordens judiciais foram cumpridas em residências, escritórios contábeis e sedes de empresas fictícias em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Alagoas. Em SC, os alvos ficam nas cidades de Joinville, Mafra, São João Batista e Campo Erê.
De onde vem esse dinheiro todo?
Segundo as investigações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o grupo teria movimentado o montante milionário com fraudes e sonegação por meio da venda de smartphones em plataformas online. As apurações apontam que “empresas noteiras” eram criadas apenas para emitir notas fiscais eletrônicas fictícias.
Com isso, os investigados vendiam os produtos sem o devido pagamento dos impostos, gerando um prejuízo considerável aos cofres públicos. Ao atingir um determinado volume de vendas, as empresas eram inativadas e novas empresas criadas, de tal forma que o rastreio contábil era dificultado. Além disso, o esquema promovia a concorrência desleal no setor varejista de tecnologia.
Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Caso condenados, a pena máxima pode chegar a até 34 anos de prisão. A investigação tramita em sigilo e mais informações serão reveladas após a liberação dos autos.
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