Ricardo Aversa (foto) havia substituído o então presidente Kennedy Nunes. O órgão, por hora, está sob a interinidade de Flávio Graff / Foto: Eduardo Valente/
A dança das cadeiras chegou ao Detran de Santa Catarina. O general da reserva Ricardo Miranda Aversa deixou a presidência do órgão para assumir como secretário-adjunto da Defesa Civil. Em seu lugar, de forma interina, entra o secretário de Segurança Pública, Flávio Graff, que acumulará funções até a definição de um nome definitivo. Não é a primeira vez que o governo Jorginho Mello mexe no tabuleiro do Detran. Vale lembrar que, no início da gestão, o ex-deputado Kennedy Nunes assumiu a presidência, mas logo foi deslocado para a Casa Civil, abrindo caminho para Aversa. Agora, uma nova troca.
Peso estratégico
O recado político é evidente: o Detran, pela relevância e capilaridade, não é apenas um órgão técnico. O governo busca dar-lhe também um peso estratégico dentro da engrenagem administrativa. Ao levar Aversa para a Defesa Civil, Jorginho preserva a experiência do general em gestão de crises e logística, enquanto deixa em aberto a escolha de um nome político que possa imprimir o ritmo desejado no trânsito. O jogo, portanto, não é apenas de gestão, mas de influência. O Detran segue no radar do governador como espaço sensível e estratégico, e a interinidade de Graff sinaliza que a decisão final será tomada com cálculo político, não apenas administrativo.