Ministério Público interpôs o recurso para aumentar o tempo de prisão a Cláudia Hoeckler, que atualmente é de 20 anos
A catarinense Cláudia Hoeckler, condenada a 20 anos e 24 dias de prisão por matar o marido e manter o corpo dele no freezer, pode ter mais um revés na justiça. Isso porque o Ministério Público de Santa Catarina interpôs um recurso para aumentar a pena, pois a considerou baixa pela crueldade do crime. O órgão também pediu a revisão da condenação, pois algumas circunstâncias não foram levadas em consideração, segundo a promotoria.
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O Promotor de Justiça Rafael Baltazar Gomes dos Santos, que atuou no Tribunal do Júri realizado em Capinzal, entende que a pena deve ser mais rigorosa por diversos fatores. Ele ressalta que o homicídio foi praticado com “frieza e insensibilidade incomuns” e que a mulher, após cometer o crime e esconder o corpo do marido do freezer, ficou simulando preocupação e participação nas buscas, mobilizando familiares, amigos e forças de segurança. Segundo o promotor, isso não foi levado em consideração para a construção da sentença, que deve ser reavaliada.
Rafael Baltazar também relembrou a repercussão midiática que o caso tomou, tanto a nível estadual quanto nacional. “A exposição constante em veículos de imprensa intensificou a dor dos familiares, obrigando-os a reviver repetidamente a tragédia diante da opinião pública. Houve, ainda, abalo à ordem social e ao sentimento de segurança da comunidade local, que se viu impactada”, diz o Promotor de Justiça.
Por fim, ele questiona o atenuador da pena por confissão espontânea. Rafael considera que isso não ocorreu, pois ela só confessou o crime após os amigos do marido encontrarem o corpo dele no freezer. Ela ainda alegou legítima defesa, dizendo que sofria violência doméstica, mas essa narrativa não foi considerada. Isso tudo foi posto com o objetivo de fazer com que o Tribunal de Justiça aumente a pena de Cláudia. O recurso foi interposto no dia 18 de setembro e aguarda julgamento.
Relembre o caso
Valdemir Hoeckler, de 52 anos, foi assassinado no dia 19 de novembro de 2022, pela companheira Cláudia Hoeckler. Ele foi dopado e asfixiado pela condenada na casa onde o casal morava em Lacerdópolis, no Meio-Oeste catarinense.
Durante depoimento à polícia, a assassina confessa relatou que deu três remédios ao marido, o que fez ele dormir. Ela amarrou os pés e as mãos para impedir qualquer reação e depois colocou uma sacola na cabeça presa por uma borracha no pescoço. O homem se debateu, mas ela pressionou o saco contra a boca e o nariz da vítima, até que o marido morreu.
Após esconder o corpo no freezer, ela viajou com amigas para participar de um encontro com grupo de professoras em Abdon Batista. Para a polícia, afirmou que planejou o assassinato no dia anterior, quando disse que iria viajar e foi ameaçada pelo marido. A acusada foi presa depois que o crime foi descoberto em 2022 e teve a liberdade provisória concedida ano seguinte. Contudo voltou a ser presa em 2024 depois que a Justiça entendeu que ela descumpriu medidas cautelares e permaneceu presa até o dia da condenação.
Jovem catarinense é presa tentando levar quase 3 kg de cocaína para a França
Ela foi pega no Aeroporto de Navegantes e responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas
Uma jovem catarinense foi presa no último fim de semana no Aeroporto de Navegantes, no Litoral Norte, suspeita de tráfico internacional de drogas. Ela foi pega tentando embarcar rumo a Paris, na França, com 2,8 kg de cocaína amarrados ao corpo. A Polícia Federal revelou que a mulher de 22 anos, natural de Criciúma e moradora de São José, apresentava um comportamento suspeito, por isso realizou a abordagem e encontrou a droga.