Partidos aliados ao governo pavimentam o caminho para 2026 com filiações e demonstração de força / Na foto, o registro do encontro do MDB com a presença do governador Jorginho Mello / Foto: Ana Schoeller.
Os últimos movimentos de bastidores nos encontros do Republicanos, MDB e Podemos em Santa Catarina deixaram ainda mais evidente o objetivo central do governador Jorginho Mello (PL): construir uma ampla frente partidária para garantir sua reeleição em 2026. E, ao que tudo indica, esse caminho já está sendo pavimentado com firmeza.
Republicanos
O Republicanos, em pleno processo de fortalecimento interno, fez questão de demonstrar sintonia com o projeto de continuidade do governo estadual. A estratégia envolve novas filiações, presença de prefeitos e lideranças de peso e um discurso alinhado à reeleição de Jorginho, recado claro de que o partido pretende compor o núcleo duro da aliança.
MDB
Mas o movimento mais robusto veio do MDB. Em seu encontro estadual, o partido exibiu força política e arrancou do governador a confirmação pública de que a vaga de vice na chapa majoritária será dos emedebistas. Isso recoloca o MDB no centro do jogo, com musculatura e voz ativa na formatação da coalizão. Os nomes seguem em disputa interna, mas a tendência é de uma escolha que fortaleça regionalmente a chapa, com vantagem para lideranças do Norte do estado, onde há forte densidade eleitoral.
Podemos
O Podemos, por sua vez, trabalha para consolidar seu espaço nessa engrenagem, reforçando a base de apoio sem tensionar pela cabeça de chapa. Some-se a isso o ambiente favorável das pesquisas, nas quais Jorginho Mello aparece com larga vantagem, e o desenho vai ficando cada vez mais claro: a oposição terá muito trabalho para quebrar essa lógica de continuidade.
Chão pela frente
Ainda é cedo para carimbar alianças definitivas, convenções e negociações por espaços proporcionais seguem no horizonte, porém, o tabuleiro começa a se fechar. O governador precisa apenas equilibrar as ambições internas, especialmente no MDB, para não transformar a solução do vice em fonte de ruído político. Se tudo correr dentro do planejado, o pleito de 2026 pode se transformar menos em uma batalha aberta e mais em um jogo de manutenção para quem hoje comanda o Estado. A chave está na escolha do parceiro de chapa: um vice que agregue território, votos e estabilidade interna pode ser a peça que faltava para consolidar o “projeto reeleição”.




