Homem lecionava aulas de educação física e, conforme a denúncia, assediava adolescentes durante aulas e medições físicas
Atualizado às 11h07 de 30/10/2025 para inclusão de manifestação do Governo do Estado.
Um professor de educação física de Jaguaruna, no Litoral Sul catarinense, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina pelos crimes de assédio e importunação sexual contra alunas. Os casos aconteceram entre 2024 e agosto de 2025 e vitimaram meninas de 14 e 15 anos. Ainda há relatos de outras estudantes que denunciaram atitudes suspeitas em 2021. A decisão foi proferida na última semana no Fórum da Comarca de Jaguaruna.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
As denúncias apontam diversas atitudes não profissionais do professor, que atua nas redes estadual e municipal de ensino. Relatos apontam que o denunciado, durante aulas e medições físicas, agia de forma inapropriada, com toques no rosto, cabelo, costas, cintura e nádegas de alunas. As vítimas também alegaram que ele fazia comentários sobre os corpos delas, como “cinturinha de boneca” e “vocês estão muito bonitas”. Em um episódio, ao ver uma estudante enchendo uma bola, o professor fez um comentário de cunho sexual, que deixou a aluna constrangida.
Além disso, também há denúncias de abraços prolongados, pedidos para seguir alunas em redes sociais e intimidação após as denúncias. As vítimas relataram constrangimento e crises de ansiedade e passaram a evitar aulas para não se expor a novas situações, conforme a decisão.
Diante de todos os fatos apresentados pelas estudantes, a denúncia do MPSC considerou necessária a aplicação de medidas cautelares contra o homem. Entre essas medidas, estão: proibição de entrar nas escolas onde lecionava, ter qualquer contato com vítimas e testemunhas – até mesmo por redes sociais, aplicativos ou terceiros – e manter distância mínima de 300 metros. Conforme o documento, essas restrições foram aplicadas pelo motivo do professor atuar em duas escolas do mesmo município, o que poderia facilitar a influência sobre vítimas e colegas, além de comprometer a coleta de provas.
Um processo administrativo já havia afastado o investigado por 60 dias de uma das escolas, mas o MPSC entendeu que a medida deveria ser ampliada para a esfera criminal. O descumprimento dessas medidas pode levar à decretação de prisão preventiva.
Em nota enviada ao TVBV Online, a Secretaria de Estado da Educação afirma que o professor já foi afastado e não atua mais na rede estadual de ensino. “A SED repudia qualquer tipo de violência praticada dentro ou fora das escolas estaduais de Santa Catarina”, conclui a nota. A reportagem não teve retorno da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Jaguaruna.
Polícia conclui investigação de homicídio que chocou pacato município catarinense
Corpo foi encontrado boiando em riacho após dia desaparecido; perícia revelou crueldade do crime
Foi concluída a investigação em torno de um homicídio que chocou o pacato município de Santa Terezinha do Progresso, no Extremo Oeste do estado. O inquérito policial, concluído nesta terça-feira (28) pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), apurou a causa da morte de um homem encontrado boiando em um riacho às margens da SC-492. O cadáver foi encontrado em início de decomposição e uma perícia foi realizada.
