As falas de Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão no encontro de treinadores, realizado na sede da CBF, foram constrangedoras contra a vinda de treinadores estrangeiros e por ter um treinador estrangeiro na seleção brasileira. O evento, que tinha como objetivo estreitar laços entre os técnicos do país e a CBF, acabou se transformando em um show de horrores, repercutindo negativamente no mundo da bola. Essa ideia de que a seleção brasileira não pode ser comandada por um treinador estrangeiro é puro preconceito. Se a CBF tem condições de trazer um técnico da envergadura de Carlo Ancelotti, com tantos títulos conquistados, e ele demonstra interesse em dirigir a seleção, isso deveria ser motivo de celebração — não de rejeição.
O intercâmbio entre diferentes escolas de treinadores só tem a nos fazer crescer. O que foi feito com Ancelotti foi uma falta de respeito e consideração. Quando você convida alguém para a sua casa, o mínimo que deve fazer é tratá-lo com respeito. O futebol está globalizado há muito tempo. Nossos jogadores brilham nos principais clubes do mundo — então, por que não podemos receber técnicos estrangeiros no nosso país? Os treinadores estrangeiros que hoje comandam clubes brasileiros têm contribuído muito para a evolução do nosso futebol, além de conquistarem títulos importantes, como Campeonatos Brasileiros e Libertadores. Ao invés de alguns ficarem reclamando da “falta de espaço”, que busquem qualificação, resultados e títulos. É assim que se conquista respeito — dentro e fora de campo.
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