Inep aciona Polícia Federal para investigar o caso
Pelo menos três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 serão anuladas, afirmou o O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em comunicado emitido na tarde desta terça-feira (18). A justificativa é a suspeita de vazamento dessas questões antes da prova.
Segundo o comunicado, o Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), identificou os relatos de que questões similares às presentes no Enem 2025 foram antecipadas. “A equipe técnica que faz parte da comissão assessora responsável pela montagem das provas analisou as circunstâncias e decidiu, com base em informações sobre a montagem do teste, pela anulação de três itens aplicados na prova”, informa o comunicado.
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A Polícia Federal (PF) foi acionada para investigar a possível divulgação antecipada das questões, bem como os responsáveis. Os envolvidos podem ser punidos por quebra de confidencialidade ou ato de má-fé pela divulgação de questões sigilosas de forma indevida.
O Inep explica que a metodologia utilizada para a apuração do resultado dos participantes – a Teoria da Resposta ao Item (TRI) – demanda que as questões sejam pré-testadas. Na ocasião, os estudantes que participam de pré-testes têm contato com itens que podem vir a compor o Enem em alguma edição.
O órgão afirma ainda que mesmo passando pelo pré-teste, nenhuma questão foi apresentada da mesma forma nas provas do Enem 2025 do exame. Na possível divulgação antecipada das questões observada nas redes sociais, foram identificadas similaridades pontuais entre os itens.
Entenda a polêmica
No centro da polêmica envolvendo o suposto vazamento das questões está uma transmissão ao vivo feita no YouTube dias antes do Enem, onde foram exibidas questões quase idênticas às que caíram na prova. A live foi realizada por um estudante de Medicina que vende “consultoria” para estudantes nas redes sociais.
O universitário afirma que participou do pré-teste de questões, mas disse recentemente que “previu” os conteúdos das provas com algoritmo próprio, análise de elaboradores do Inep e provas da Capes, e garante que não houve vazamento.
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