Alvos de operação eram responsáveis por aplicar penas do ‘tribunal do crime’ da facção
Dez integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) estão na mira de uma operação policial deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) em três estados brasileiros. Três dos alvos foram presos em cidades de Santa Catarina.
A Operação Coalizão Pela Paz – Fase II foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Pará (FICCO/PA) e pelo Grupo de Trabalho de Facções Criminosas (GTF) da Polícia Civil do Pará (PCPA), com apoio das polícias civis de Santa Catarina (PCSC) e do Maranhão (PCMA). As prisões ocorreram nas cidades paraenses de Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Izabel do Pará, Castanhal; São Luís do Maranhão; e Joinville, Santo Amaro da Imperatriz e Timbó, em SC.
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De acordo com a FICCO/PA, os alvos foram identificados como “de alto risco”, e exerciam a função de “Disciplinas” do CV na Região Metropolitana de Belém. O posto nas facções é responsável pela apuração de violações ao “estatuto” da organização e aplicação de punições aos infratores, que incluem pagamento de multa, violências físicas e “decretos” de morte.
Quem são os alvos presos em Santa Catarina
- João Gabriel Alves de Oliveira, vulgo “G2”, detido no bairro Itinga, em Joinville, no Norte catarinense;
- Elielson Vitor Saldanha da Silva, vulgo “Madruga”, capturado em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis
- Larielcio Almeida Galibi, vulgo “L7”, preso em Timbó, no Vale do Itajaí.
A Operação Coalizão Pela Paz II é um desdobramento da primeira fase da ação, que resultou na prisão de nove lideranças do Comando Vermelho, duas delas nas cidades catarinenses de Florianópolis e Brusque no fim de outubro. Em Brusque, a PCSC prendeu A.M.D., conhecido como “F20”, responsável por realizar o levantamento de endereços de integrantes das forças de segurança pública para a realização de atentados contra a vida a mando da facção.
O CV é uma organização criminosa que surgiu no Rio de Janeiro e já alcança abrangência internacional. O foco dos criminosos, organizados dentro e fora de unidades prisionais, é o tráfico de drogas, extorsões e atentados contra a vida de agentes da segurança pública.
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