Pacientes relataram ter sido internados contra a própria vontade, submetidos a maus-tratos e a métodos de disciplina abusivos
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) concluiu, nesta terça-feira (16), o inquérito policial sobre o caso da clínica de reabilitação de Imbituba, acusada de diversos crimes, que veio à tona em outubro após denúncias dos pacientes. Ele resultou no indiciamento de nove pessoas pelos crimes de cárcere privado qualificado, maus tratos a pacientes, associação criminosa e fraude processual, em Imbituba, no Litoral Sul do estado. Ao todo, 36 pessoas foram ouvidas durante a apuração, entre vítimas, testemunhas e investigados.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
A apuração começou depois que policiais, durante uma fiscalização da Prefeitura do município, receberam denúncias de pacientes revelarem que o local oferecia um tratamento hostil e desumano. Segundo depoimentos, eles foram internados contra a própria vontade por homens que se vestiam de preto, se identificavam como policiais e os conduziam à força para a clínica clandestina. Eles relataram ainda que eram submetidos a maus-tratos e a métodos de disciplina abusivos.
Além disso, as investigações revelaram que os internos tinham a saída negada das unidades e eram submetidos a contenções físicas, agressões e aplicação de sedativos como forma de disciplina. A alimentação fornecida era insuficiente tanto em quantidade quanto em qualidade nutricional, e medicamentos eram administrados por outros internos sem acompanhamento médico adequado.
Relembre o caso
A Operação Barbacena, deflagrada em dezembro, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Garopaba, Itapema, Balneário Camboriú e Porto Alegre (RS). A operação resultou na apreensão de documentos e na prisão de um dos proprietários das clínicas, enquanto outros dois continuam foragidos. Os investigados, que ostentavam luxo com carros importados e imóveis de alto valor, tiveram mais de R$ 1 milhão bloqueados pela Justiça.
O inquérito policial, caracterizado pela complexidade da investigação e composto por mais de 400 páginas de documentos, foi encaminhado ao Poder Judiciário, que avaliará o caso e tomará as medidas cabíveis.
*Com revisão de Bernardo Ebert
Condenado homem que tentou matar companheira asfixiada na frente do filho
Na noite anterior ao crime, ele havia estuprado a mulher e já foi condenado pelo crime pela Comarca de Florianópolis
Um homem que tentou matar a companheira asfixiada na frente do filho de casal, de quatro anos de idade na época, foi condenado a oito anos, três meses e 16 dias de prisão pelo Tribunal de Júri de Florianópolis. A sessão que acabou com a sentença ocorreu na tarde desta terça-feira (16) no Fórum da Capital. A condenação ocorreu pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, emprego de asfixia e contra mulher por razões da condição do sexo feminino envolvendo violência doméstica e familiar.





