Data cristã celebra a chegada de Deus na Terra em forma humana
O Natal é uma celebração cristã que se remete à vinda de Deus à Terra em forma humana, com nome de Jesus Cristo. Segundo a Bíblia, a trajetória d’Ele foi marcada por muita esperança, generosidade e solidariedade. Por isso, os cristãos acreditam que o “espírito natalino” tem que ser formado especialmente por esses três pilares. Diante de uma sociedade cada vez mais consumista, é isso que o Padre Vilson Groh tenta alimentar, não apenas nesta data, mas ao longo de todo ano.
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O padre é fundador e presidente do Instituto Padre Vilson Groh (IVG), uma entidade sem fins lucrativos sustentada por doações voluntárias que, por meio de oito programas sociais, busca dar melhores condições de vida e futuro para crianças e adolescentes carentes. Há mais de 40 anos, o padre veio para Florianópolis estudar Teologia e dedicar a vida ao cuidado com o próximo, por meio da solidariedade. Isso alimenta a esperança, considerado o principal componente do Natal para ele.
“O Natal é um convite à esperança, entendida não como expectativa vazia, mas como movimento e busca. A vida encontra sentido no movimento da esperança, do sonho e da utopia. A esperança nas periferias deve se traduzir em justiça social; para aqueles que não possuem direitos, deve significar o restabelecimento da dignidade. Como Jesus ensinou: ‘O que fizerdes a um dos meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes'”, reflete.
Padre Vilson ainda destaca que, por meio dos programas sociais feitos pelo IVG, deseja seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, que, na Quinta-Feira Santa, lavou os pés dos discípulos, em um episódio que é celebrado até os dias atuais, com a “Missa de Lava Pés”.
“Em relação à postura a ser adotada neste Natal, destacam-se duas perspectivas essenciais. A primeira é o serviço gratuito e amoroso, inspirado na atitude de Jesus na Quinta-feira Santa, quando lavou os pés de seus discípulos. O mundo contemporâneo clama por “lava-pés” que enxuguem lágrimas, aliviem dores e ofereçam escuta e compromisso com o bem comum. Trata-se de um amor que se manifesta em serviço desinteressado, movido pela gratidão. A segunda perspectiva é o compartilhamento da mesa, que simboliza a partilha, a igualdade e as relações recíprocas. Celebrar o Natal à mesa, seja no altar, em casa ou na comunidade, implica em garantir o acesso equitativo aos bens produzidos, restaurando a dignidade humana”, diz.

Solidariedade
A solidariedade também é destacada por João Batista Miguel Ramos. Aposentado há oito anos, volta à ativa na época do Natal e se torna Papai Noel, conversando e atendendo aos pedidos das crianças.. Conhecido como Noel João Ramos, acredita que as crianças do mundo atual tem entendido melhor o significado do Natal e tratado o Papai Noel de forma quase “divina”, fazendo pedidos que o deixam emocionado.

“A maioria das crianças estão mais perceptíveis a entender o que é Natal, qual é o papel do Papai Noel. Então eles fazem pedidos assim, que às vezes fico até emocionado porque eles acham que o Papai Noel é o intermediário entre a Terra e o Céu”, conta. Inclusive, relembra de um fato que o emocionou muito há dois anos, quando uma criança de cerca de sete anos, enlutada com a morte recente do pai, pediu ao Papai Noel o pai dela de volta.
Para Noel João, o Espírito Natalino segue presente no mundo atual, com muito atos de generosidade, esperança e solidariedade.
Ceia de Natal em Santa Catarina: sabores, culturas e tradições que atravessam gerações
Da tradição indígena e açoriana às receitas trazidas por imigrantes, famílias vindas de diferentes estados celebram o espírito natalino reunindo afetos à mesa
No Brasil, o Natal é celebrado à mesa, reunindo sabores que refletem a memória afetiva, costumes locais e a diversidade cultural de cada estado. Em Santa Catarina não é diferente: a ceia mistura influências indígenas, açorianas e de imigrantes alemães, italianos, poloneses, entre muitos outros, resultando em pratos que variam conforme a região e a tradição de cada família. O estado também atrai pessoas de outras cidades, que fazem de SC seu lar e aproveitam a data para reunir todos que amam em torno da mesa, mantendo vivas suas próprias tradições enquanto se integram à cultura local.





