Quando a noite cai sobre a Ilha da Magia, conhecida pelas histórias de bruxas, o vento parece sussurrar histórias que o dia insiste em esconder. Entre ruas de pedra, prédios centenários e sombras alongadas, Florianópolis revela um outro rosto, feito de mistério, memória e assombração. Mas o que poucas pessoas sabem é que a cidade é permeada de lendas urbanas e muitos relatos de fenômenos sobrenaturais. As histórias passaram por gerações e algumas são ligadas ao folclore açoriano ou a arquitetura colonial. Dentre os muitos palcos dessas “assombrações” temos o Palácio Cruz e Sousa, sede do Museu Histórico de Santa Catarina. Funcionários e visitantes falam de aparições e ruídos inexplicáveis.
O local já foi a sede do governo do Estado, residência oficial do governador e onde muitas decisões importantes foram tomadas, principalmente na antiga “Desterro”. Existem relatos de que espíritos de “antigos ocupantes” ainda habitem o prédio. Uma das aparições mais famosas seria o espírito de uma mulher, a “Dama de Rosa”, que caminha pelos corredores e atravessa portas causando calafrios em quem está no local.
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Logo em frente, a Praça XV de novembro também causa arrepios já que o local foi utilizado, em um passado distante, era onde alguns escravizados eram castigados ou executados. Esses acontecimentos alimentam ainda mais os relatos de “energias negativas” e de avistamento de vultos junto a “Figueira Centenária”. Basta caminhar um pouco e chegamos no Teatro Álvaro de Carvalho onde mais contos causam arrepios. Existem relatos de ruídos de passos no palco, luzes que piscam e nos bastidores muitos artistas e técnicos observaram vultos.
Ainda no centro da Capital temos o Parque da Luz que no século XIX abrigava o cemitério da cidade. Devido ao crescimento de Florianópolis o cemitério foi transferido para o bairro Itacurubi, mas os fantasmas permaneceram. Moradores da região já presenciaram vultos e alguns relatam que a atmosfera fica pesada durante a noite. Um pouco mais distante, no Morro da Cruz, existe a lenda do “Fantasma do Escravo”. O espírito seria de um escravizado executado injustamente no local e que aparece nas encostas do morro.
Nas águas e nas ilhas que pertencem a Florianópolis também existem histórias de fantasmas que levantam mais mistérios. No extremo sul da Ilha, na praia dos Naufragados, um navio fantasma aparece em dias de neblina forte. Pescadores e moradores relatam que é possível ver a embarcação em meio da neblina e escutar o som de um sino ou dos gritos dos tripulantes que padeceram no navio. A tradição diz ainda que quem tentar se aproximar do navio fantasma vai desaparecer.
Outros relatos de espíritos errantes ocorrem na Ilha do Campeche. O local era habitado por povos antigos que deixaram inúmeras inscrições rupestres. Muitas pessoas falam do avistamento de espíritos de índios. As aparições, na maioria das vezes, ocorrem durante a noite, como a “Mulher de Branco”. As histórias dizem que seria o espírito de uma mulher que frequentava a ilha e que agora permanece assustando os visitantes. O tempo não apagou as marcas do que foi vivido e transformou memórias em lendas. Fantasmas do passado continuam a habitar a cidade, invisíveis aos olhos, mas presentes na alma de quem ousa escutar.
Peri e Conceição: Uma Lenda da Ilha da Magia
Na Ilha da Magia o tempo parece sussurrar segredos antigos, contudo o passado não vive apenas nos livros e repousa na paisagem. Entre morros, ventos e águas, a terra guarda memórias que não se apagaram, apenas mudaram de forma. Uma destas recordações fala que, onde hoje repousa uma lagoa serena em forma de coração, existiu um amor que…





