Santa Catarina é o 3º estado com mais locais vulneráveis nas rodovias federais
As rodovias federais de Santa Catarina possuem 1.333 pontos com algum grau de risco para exploração sexual de crianças e adolescentes. A informação foi levantada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio do Projeto Mapear, e divulgada nesta terça-feira (20).
Segundo a PRF, quase 20% dos locais mapeados nos mais de 2,3 mil quilômetros de rodovias federais no estado são críticos ou de alto risco para a exploração sexual de menores. O maior foco está na BR-101, com 418 pontos de vulnerabilidade, seguida pela BR-282 (327), BR-280 (200) e pela BR-470 (113 pontos).
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
Essas rodovias são corredores logísticos estratégicos para o escoamento de cargas e conectam polos industriais, portuários e agrícolas. Segundo o estudo, a presença de infraestrutura de apoio ao transporte rodoviário, como postos de combustíveis, restaurantes e locais de descanso, pode favorecer a presença de pontos vulneráveis.
No Brasil, Santa Catarina ocupa a terceira posição em número de pontos de exploração sexual infantojuvenil nas BRs, atrás apenas de Minas Gerais (3.581) e Piauí (2.496). O levantamento considerou todas as regiões do estado e utilizou uma metodologia que cruza entrevistas com profissionais do transporte, comerciantes locais, moradores e dados de inteligência policial, além de ferramentas de georreferenciamento para maior precisão.

Projeto Mapear
O Projeto Mapear da PRF é um levantamento de risco realizado a cada dois anos desde 2003. A corporação explica que não se trata de um mapeamento de casos confirmados. Os pontos identificados representam locais com maior probabilidade de ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes, segundo critérios técnicos previamente estabelecidos.
A classificação do risco leva em conta a circulação de pessoas, as características socioeconômicas da região, a presença de infraestrutura de parada para caminhoneiros e outros fatores considerados “vulnerabilizadores”. Assim, a existência de um ponto no mapa não significa, necessariamente, que ali haja exploração sexual em curso, mas sim que o local demanda atenção e ações preventivas prioritárias.

Como é feito o mapeamento?
O mapeamento é feito pelos próprios policiais rodoviários federais. A partir do momento em que um local é identificado, o agente faz o registro em um sistema e atribui uma classificação de risco: baixo, médio, alto ou crítico.
A quantidade de pontos de vulnerabilidade mapeados em cada estado não depende apenas da presença do problema em si, mas do quanto o risco está visível. Extensão da malha rodoviária, fluxo intenso de cargas, presença de grupos sociais vulneráveis e, sobretudo, capacidade de fiscalização e de denúncia compõem esse cenário. Assim, estados com malha rodoviária mais vascularizada costumam apresentar mais pontos no mapa.
Delegado-Geral da PCSC entra em confronto com criminosos em morro de Florianópolis
Abordagem mobiliza operação das forças de segurança no local
O Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), Ulisses Gabriel, envolveu-se em um confronto com criminosos no Morro do Horácio, na região central de Florianópolis, na manhã desta quarta-feira (21). Segundo a assessoria da PCSC, ninguém se feriu.