Intervenções devem ocorrer em Navegantes e em Blumenau
O Rio Itajaí-Açu pode ter duas novas obras em breve para controle das cheias: a criação de um novo canal de escoamento em Navegantes e a construção de um túnel em Blumenau. Essa foi a pauta de uma reunião realizada nesta quinta-feira (19) em Tóquio, no Japão, com a presença do governador Jorginho Mello e de representantes da JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão).
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A cooperativa japonesa considera a criação de um novo canal no rio uma das formas mais eficazes para aumentar a capacidade de escoamento das águas fluviais. Essa medida aumentaria a segurança das cidades que margeiam o rio e que frequentemente lidam com enchentes causadas pelas cheias.
Já o túnel em Blumenau teria a função de melhorar a vazão no centro da cidade, diminuindo o impacto das cheias no município, que tem histórico de desastres naturais.
Segundo o governador, a obra de Navegantes é uma prioridade neste momento, pois representa um ponto crítico da drenagem da bacia. Além disso, a partir dessa intervenção, diversas outras poderão ser executadas, incluindo o túnel, sem causar impactos negativos nos municípios situados a jusante.
“Essas obras são fundamentais para o futuro do Vale do Itajaí. Queremos contar com a expertise da JICA para transformar em realidade soluções que estão no papel há anos. A proteção dos catarinenses é a nossa prioridade”, afirmou Jorginho Mello.
Visita de Jorginho
Atrair investimentos para a área de Proteção e Defesa Civil é a prioridade da missão de Jorginho na Ásia. Vale lembrar que a JICA é parceira do estado nessa área desde 2008 e elaborou um estudo em 2011, contendo diversas obras para melhorar a segurança de SC contra desastres naturais. Como 14 anos já se passaram desde o estudo, o estado busca uma nova pesquisa por parte dos japoneses.
“A parceria com a JICA foi decisiva para que Santa Catarina avançasse no fortalecimento da sua Defesa Civil, especialmente após os eventos de 2008. Agora, nosso objetivo é atualizar esse compromisso, buscando não apenas apoio técnico, mas também financiamento para obras fundamentais que vão ampliar nossa capacidade de proteção, mitigação e resposta aos desastres. Vivemos um momento em que os eventos climáticos extremos são cada vez mais frequentes, e investir em prevenção é investir na segurança, na vida e no futuro dos catarinenses”, destacou o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, que também faz parte da missão internacional.
Além dos projetos abordados, também foram apresentadas outras demandas à agência japonesa como a construção de novas barragens de contenção de cheias, a modernização das estruturas existentes e a realização de obras de melhoramento fluvial. Ao todo, estão previstas 26 obras estruturantes, sendo 25 no Vale do Itajaí e uma na região de Tubarão.
O escopo inclui a construção de cinco novas barragens, localizadas em Mirim Doce, Pouso Redondo I, Pouso Redondo II, Braço do Trombudo, Serra Velha (em Agrolândia), Serra dos Alves (Agrolândia) e Petrolândia. As barragens de Mirim Doce e Botuverá já estão em processo de licitação e serão construídas em concreto compactado a rolo, com vertedouro de soleira livre e comportas que permitirão o controle das vazões. A Barragem de Petrolândia, no Rio Perimbó, será construída em estrutura de terra, com três comportas.
Também participaram do encontro o secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, a secretária de Articulação Nacional, Vânia Franco, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Edgard Usuy, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, Fabiano de Souza, o senador Jorge Seif, os prefeitos de Joinville, Adriano Silva, e de Blumenau, Egídio Ferrari.
Chuvas afetam 86 cidades gaúchas e deixam mais de 2,9 mil fora de casa
Segundo a Defesa Civil do RS, duas pessoas morreram e uma segue desaparecida
Pelo menos 86 cidades do Rio Grande do Sul já registraram danos ou intercorrências devido às chuvas intensas que atingem o estado, segundo relatório divulgado pela Defesa Civil na manhã desta quinta-feira (19). No total, conforme o boletim do órgão, 1.993 pessoas estão desalojadas e outras 984 precisaram ir para abrigos. Duas pessoas morreram e uma terceira continua desaparecida.
