Estação é marcada por menos horas de luz solar e as menores temperaturas do ano
O inverno no Hemisfério Sul começa nesta sexta-feira (20), às 23h42, e vai até o dia 22 de setembro. A estação é marcada por menos horas de luz solar, noites mais longas e pelas menores temperaturas do ano. Em Santa Catarina, o histórico é de frentes frias mais frequentes e a ocorrência de ciclones, mas a previsão climática da Defesa Civil Estadual para a estação indica a possibilidade de um período um pouco mais quente neste ano.
É entre os meses de junho e setembro que ocorrem, historicamente, os menores volumes de chuva do ano. Isso ocorre por conta da menor disponibilidade de umidade na atmosfera, favorecida pelos sistemas de alta pressão que inibem a formação de nuvens e ciclones extratropicais.
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Apesar da falta de chuvas, o inverno é tradicionalmente caracterizado por episódios de frio intenso, principalmente nas regiões de maior altitude, como os planaltos, a Serra, o Meio-Oeste e o Alto Vale do Itajaí. Nessas áreas, são comuns as formações de geada, nevoeiros densos e até neve ou chuva congelada.
O que esperar este ano?
Ao que tudo indica, o inverno de 2025 pode ter padrões de chuva e de temperaturas dentro do esperado, já que não há previsão de ocorrência do El Niño ou da La Niña – aquecimento ou resfriamento da superfície das águas no Oceano Pacífico. Porém, segundo a Defesa Civil, o Pacífico equatorial encontra-se levemente mais frio do que o normal, o que poderia impactar negativamente nos volumes de chuva no estado.
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A previsão meteorológica indica que o padrão de precipitação deve ficar ligeiramente abaixo da média em algumas áreas, principalmente no Oeste catarinense, que já veio sendo afetado pela estiagem. Com menos chuva, o sol aparece com maior frequência, podendo resultar em dias de temperaturas acima da média para a época do ano.
Este padrão deve intercalar com a chegada de massas de ar polar, que garantem dias de frio intenso e até com registro de geada ou precipitação invernal. Não estão descartados eventos de chuva extrema que provoquem volumes acima do esperado, mas essa não será a regra.

Diferentemente de outras partes do Brasil, a região catarinense não possui uma estação seca bem definida. Durante todo o inverno, diferentes sistemas meteorológicos continuam atuando, sobretudo no Litoral e nas áreas próximas. As frentes frias e os ciclones extratropicais seguem sendo responsáveis por trazer instabilidade, ventos fortes, ressacas e elevação do nível do mar.
Cuidados e prevenção
O frio intenso pode trazer riscos adicionais para grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas em situação de rua e animais domésticos. É essencial que a população esteja atenta, se organize e colabore, especialmente em ações solidárias, como doação de roupas, cobertores e alimentos.
Além disso, é necessário reforçar os cuidados com aquecedores e sistemas de calefação. Equipamentos utilizados de forma inadequada, em ambientes fechados e sem ventilação, podem causar acidentes, como incêndios ou intoxicação por monóxido de carbono.
Outro ponto de atenção são os riscos associados à formação de geada, que pode impactar diretamente na agricultura, nas estradas e na rede elétrica. A formação de sincelo, quando ocorre, também pode causar danos à infraestrutura urbana e rural, além de representar risco para pedestres e motoristas.
Chuvas afetam 86 cidades gaúchas e deixam mais de 2,9 mil fora de casa
Segundo a Defesa Civil do RS, duas pessoas morreram e uma segue desaparecida
Pelo menos 86 cidades do Rio Grande do Sul já registraram danos ou intercorrências devido às chuvas intensas que atingem o estado, segundo relatório divulgado pela Defesa Civil na manhã desta quinta-feira (19). No total, conforme o boletim do órgão, 1.993 pessoas estão desalojadas e outras 984 precisaram ir para abrigos. Duas pessoas morreram e uma terceira continua desaparecida.