4 de julho de 2025
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Policial

Pousada na Caixa D’Aço e R$8 mi: traficantes gaúchos lavavam dinheiro em SC

Fotos: PCRS/Divulgação
Operação da PCRS cumpre mandados em três cidades do Litoral catarinense

Uma suposta organização criminosa do Rio Grande do Sul teria escolhido empreendimentos no litoral de Santa Catarina para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Com uma casa de R$ 3 milhões em Camboriú e uma pousada à beira-mar na Praia de Caixa D’Aço, o grupo entrou na mira da Polícia Civil gaúcha (PCRS) na manhã desta quinta-feira (3).

Segundo a Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD/DHPP), o patrimônio estimado dos investigados soma R$ 8 milhões. O montante teria sido construído com o tráfico de drogas e investimentos no litoral catarinense. O grupo contava ainda com uma casa em Palhoça, lancha, jet ski, moto e carros de luxo.

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A Operação Costa Nostra cumpriu ao todo 143 ordens judiciais, sendo 38 mandados de busca e apreensão, cinco de sequestro de imóveis, oito restrições de veículos, 22 bloqueios de contas bancárias, 44 quebras de sigilo bancário e fiscal, 25 quebras de sigilo telemático e uma ação controlada.

Até o fim da manhã desta quinta-feira, foram apreendidos R$ 40 mil em dinheiro, cinco veículos, duas motos, celulares, documentos e uma arma de fogo. Os mandados foram cumpridos nas seguintes cidades:

  • Camboriú (SC)
  • Porto Belo (SC)
  • Palhoça (SC)
  • Porto Alegre (RS)
  • Gravataí (RS)
  • Capão da Canoa (RS)
  • Tramandaí (RS)

Segundo o Delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, titular da DRLD, o grupo está instalado em Camboriú há mais de três anos. “Em 2024, inclusive, investiram recursos em uma pousada à beira-mar, localizada na Praia de Caixa D’Aço, uma área muito valorizada em Porto Belo. Também adquiriram uma residência em Camboriú avaliada em mais de R$ 3 milhões, além de uma empresa de lavação. Na capital, uma das residências sequestradas está avaliada em R$ 1,2 milhão”, detalhou.

Investigação iniciou após faccionado fugir de execução

Ainda de acordo com a PCRS, a investigação teve início após o encerramento de um inquérito que apurava uma tentativa de homicídio ocorrida em julho de 2023. Na ocasião, um dos líderes da organização criminosa investigada ordenou a execução de um dos integrantes do grupo.

A vítima foi sequestrada pelos executores e levada à presença do mandante, que determinou sua execução. A vítima foi então transportada para outro local, dentro de um veículo. Durante o trajeto, ela conseguiu pular do carro e, mesmo atingida por disparos de arma de fogo, conseguiu fugir e recebeu atendimento médico.

Segundo Pohlmann, os membros do grupo não apresentam fontes de renda lícitas compatíveis com o expressivo aumento do patrimônio. “Chama a atenção o volume de movimentações financeiras realizadas pela organização criminosa em curtos períodos. Constatou-se que a companheira de um dos líderes do grupo movimentou R$ 1,6 milhão entre 01/09/2024 e 31/12/2024 (quatro meses); a companheira de outro integrante movimentou cerca de R$ 800 mil entre 11/08/2022 e 13/02/2023 (seis meses); um dos laranjas teria movimentado R$ 1,14 milhão entre 01/05/2022 e 05/07/2022 (dois meses); enquanto outro movimentou um total de R$ 4,5 milhões.”

Conforme o diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegado Mário Souza, o combate à lavagem de dinheiro visa enfraquecer o poder financeiro das organizações criminosas, justamente para impedir que recursos ilícitos sejam usados no financiamento de homicídios.

           

             

Megaoperação mira grupo por trás do tráfico com fundos falsos em caminhões

Ação em 5 cidades do Oeste catarinense ocorre após apreensão de 1 tonelada de drogas

Uma megaoperação integrada entre a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), do Paraná (PCPR) e a Polícia Federal (PF) prendeu sete pessoas até o final da manhã desta quinta-feira (3) em cinco municípios do Oeste catarinense. Os alvos integram uma organização criminosa responsável por instalar fundos falsos em caminhões para o tráfico de drogas.

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