IPCA tem quarto mês seguido de queda, afirma IBGE
O mês de junho foi marcado pela primeira queda no preço dos alimentos depois de 9 meses. Mesmo com uma alta na conta da energia elétrica, a inflação oficial do Brasil perdeu força pelo quarto mês seguido e fechou junho em 0,24%. O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, em junho, Alimentação e bebidas foi o único que apresentou variação negativa (-0,18%). O grupo foi influenciado pela alimentação no domicílio, que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, puxado por quedas no ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). No lado das altas, destaca-se o tomate (3,25%).
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Já o que mais impactou negativamente a inflação em junho foi o grupo Habitação (0,99%). A alta foi impulsionada principalmente pela energia elétrica residencial, por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 1. O aumento nos preços foi de, em média, 2,96% no mês, sendo o subitem de maior impacto individual no IPCA (0,12 p.p.).
“Com alta de 6,93% no primeiro semestre do ano, a energia elétrica residencial tem pesado no bolso das famílias, registrando o principal impacto positivo individual (0,27 p.p.) no resultado acumulado de 2025. Esta variação é a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi de 8,02%”, destaca Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
O grupo dos Transportes também teve contribuição positiva relevante no mês (0,05 p.p), aumentando 0,27% após recuo de 0,37% em maio. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta.
“No mês anterior, a passagem aérea estava em queda, assim como os combustíveis, o que ajudou a taxa a ficar negativa. Neste mês, a passagem aérea registrou alta de 0,80% e o transporte por aplicativo puxou a taxa para cima, mesmo com a queda em combustíveis”, explica o gerente.
Veja o resultado dos grupos no IPCA de junho
- Índice geral: 0,24% (0,24 p.p.)
- Alimentação e bebidas: -0,18% (-0,04 p.p.)
- Habitação: 0,99% (0,15 p.p.)
- Artigos de residência: 0,08% (0,00 p.p.)
- Vestuário: 0,75% (0,04 p.p.)
- Transportes: 0,27% (0,05 p.p.)
- Saúde e cuidados pessoais: 0,07% (0,01 p.p.)
- Despesas pessoais: 0,23% (0,02 p.p.)
- Educação: 0,00% (0,00 p.p.)
- Comunicação: 0,11% (0,01 p.p.)
Apesar da sequência de meses de desaceleração, o IPCA acumulado de 12 meses alcançou 5,35%, ficando pelo sexto mês seguido acima do teto da meta do governo, de até 4,5%. Esse período de 6 meses acima de 4,5% configura estouro da meta. Em abril, esse acumulado obteve o ponto mais alto do ano, 5,53%.
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