Artigo foi publicado em uma revista britânica especializada em biologia
Um grupo de pesquisadores da UFSC, em parceria com equipes da UFRJ, USP e Universidade Técnica da Dinamarca, participou de um estudo publicado nesta quarta-feira (16) pela revista britânica Proceedings of the Royal Society B. Nesta pesquisa, realizada em três pequenas ilhas do oceano atlântico, foram catalogadas 44 espécies de peixes recifais endêmicas, ou seja, que não existem em nenhum outro lugar do mundo.
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As ilhas, nomeadas como São Pedro e São Paulo, Ascensão e Santa Helena, ficam localizadas em uma região conhecida como Dorsal Mesoatlântica.

Nelas vivem 169 espécies de peixes recifais. O artigo de Isadora Cord, pós-graduanda em Ecologia, e Sergio Floeter, professor titular do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, reconstruiu rotas evolutivas e padrões de dispersão de 88 espécies que ocorrem na Dorsal Mesoatlântica a partir de dados moleculares e filogenéticos. Quarenta e quatro espécies são endêmicas, ou seja, não existem em nenhum outro lugar do mundo.
Esses peixes também apresentaram características muito diferentes de outras espécies recifais. Eles tendem a ser maiores, podem alcançar maiores profundidades e possuem características como ovos pelágicos – que ficam semanas flutuando na água – e habilidade de se deslocar aderidos a algas, troncos ou outros materiais flutuantes, o que aumenta as chances de colonização de ambientes distantes. Isso ajuda a entender como alguns deles, cerca de 11%, podem ter migrado do Oceano Índico para o Atlântico. Os resultados indicam, ainda, que, embora 70% das espécies não endêmicas da região tenham origem no Atlântico Oeste, como no Brasil e no Caribe, mais de um terço das espécies endêmicas surgiu a partir do Atlântico Leste
O artigo tem financiamentos do CNPq, da California Academy of Sciences e do projeto Mission Atlantic (European Union’s Horizon 2020).O texto completo está disponível site da The Royal Society.
Casan terá que indenizar morador da Lagoa em R$ 30 mil por desastre ambiental
Caso aconteceu em 2021 após chuvas intensas; partes pediram recursos, mas valores foram mantidos
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a indenização de R$ 30 mil da Casan a um morador da Lagoa da Conceição por um desastre ambiental ocorrido em 2021. A companhia pedia redução para R$ 5 mil, alegando que o desastre era imprevisível e negando omissão. O residente prejudicado também pediu recurso, alegando que a indenização deveria ser maior. Ambos tiveram os pedidos negados.