Há dez anos, o futebol catarinense ganhou um enredo digno de lenda, com rivais, criminosos e um troféu que, ao invés de brilhar sob refletores, se perdeu nas sombras da maior cidade do estado. Era final do Campeonato Catarinense, Figueirense e Joinville se enfrentaram na Arena Joinville, num duelo tenso, de nervos à flor da pele, mas com as redes silenciosas. O jogo terminou em um empate, parecia apenas mais um capítulo de uma rivalidade antiga, mas estava longe de terminar.
Dias depois, o gramado deu lugar aos tribunais. O Figueirense entrou com recurso, alegando que o JEC escalara um jogador sem contrato profissional. A Justiça Desportiva confirmou: o “Furacão do Estreito” era, oficialmente, o campeão. Contudo, aguardava a taça, que já brilhava nas vitrines da loja oficial do Joinville, exibida com orgulho para a torcida tricolor. Na noite posterior à decisão da Justiça teve o início um mistério. Homens quebraram a janela de vidro do local e roubaram apenas o troféu, que deveria ser repassado para ao Figueira, e a história ganhou ares de romance policial. A polícia investigou, buscou imagens, ouviu testemunhas. Mas as pistas se dissiparam como fumaça. O caso foi arquivado, e o paradeiro da taça permanece desconhecido até hoje.
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No imaginário popular, as versões se multiplicaram. Uns dizem que foi um ato de revolta de torcedores inconformados, que tentaram garantir o que o time não conseguiu em campo de forma correta. Outros falam em um “resgate simbólico” e fica a dúvida se a taça estaria guardada em algum canto secreto de Joinville, como um troféu da paixão e da revolta. Na época a taça, que pesava cerca de 10 kg, chegou a ser apelidada de “tampa de pepino amaldiçoada”.
Sem solução, a Federação Catarinense de Futebol mandou fazer uma réplica, como a segunda via de um boleto, que foi entregue para o verdadeiro campeão. Contudo, as teorias da conspiração continuam sendo alimentadas e rondando o folclore do futebol catarinense. Uma verdadeira prova da rivalidade entre os times catarinenses. Não podemos dizer se a taça foi enterrada, escondida em um porão ou até mesmo derretida. Mas o caso deixou uma certeza: em Santa Catarina, existem taças que pesam mais pelo mistério do que pelo metal.
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