Polícia suspeita de planejamento de ataque pelo jovem
Um adolescente foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência em Palhoça, na Grande Florianópolis, na manhã desta terça-feira (28). A operação ocorreu após a Polícia Civil (PCSC) identificar que o suspeito divulgava conteúdos ligados ao nazismo e supremacismo branco na internet, além de incitar a violência.
No local, os agentes apreenderam uma série de materiais suspeitos, entre eles uma bandeira com uma “Cruz Celta”, uma faca, coturnos e uma máscara, além de equipamentos eletrônicos do jovem. Em um caderno, também foram encontrados esboços de símbolos como um “Sol Negro”, símbolos ligados à SS nazista, referências a células extremistas e a escrita “skinhead”.
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Os fatos são investigados pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância como ato infracional análogo ao crime de racismo. Há indícios de que o adolescente utilizava redes sociais para propagar diversos elementos que configuram apologia ao nazismo e ao racismo, incitava a violência e mantinha discursos de ódio.
Para a PCSC, a conjunção desses ingredientes levantou “sérias preocupações” quanto à possibilidade de que o investigado estivesse idealizando ou planejando a execução de um ataque. O caso segue sob investigação para elucidar totalmente os fatos e identificar outros possíveis envolvidos. A operação contou com o apoio do Cyberlab da Diretoria de Inteligência da PCSC e teve o mandado expedido pela Vara da Infância e Juventude da Comarca de Palhoça.
O que são os materiais encontrados?
O símbolo da Cruz Celta era originalmente associado ao cristianismo na Europa medieval e à herança cultural celta, mas foi ressignificado no século XX por grupos extremistas e movimentos neonazistas. A partir da Segunda Guerra Mundial, ele passou passou a ser utilizado como emblema de “orgulho branco” e supremacia racial, tornando-se um dos principais ícones de grupos skinheads neonazistas e organizações white power em vários países.
Assim como o Sol Negro e os símbolos da SS, a Cruz Celta hoje é reconhecida por entidades internacionais como um símbolo de ódio, sendo frequentemente usada para expressar ideologias racistas e antidemocráticas. Seu uso, portanto, carrega um peso histórico ligado à propaganda nazista e à tentativa contemporânea de revitalizar seus valores por meio de códigos visuais. Já a sigla MKY faz uma referência a um grupo extremista de inspiração neonazista e culto à violência, incentivando ataques contra minorias, imigrantes e pessoas vulneráveis como forma de “purificação social”.
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