8 de julho de 2025
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Anestesista cometeu homicídio de influenciador por negligência, afirma MPSC

Foto: Redes sociais/Reprodução
Ricardo Godoi morreu após uma parada cardiorrespiratória enquanto era sedado para fazer uma tatuagem

O anestesista geral que atendeu Ricardo Godoi, influenciador que morreu após ser sedado para fazer uma tatuagem, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. A vítima, de 45 anos, morreu em janeiro deste ano em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina.

De acordo com a denúncia, o médico de 34 anos teria agido com negligência ao realizar o procedimento sem realizar consulta prévia ou exigir exames clínicos obrigatórios, como eletrocardiograma e radiografia de tórax, condutas recomendadas para pacientes com histórico de hipertensão e idade superior a 40 anos.

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Ricardo sofreu uma parada cardiorrespiratória logo após a aplicação da anestesia e morreu no local. O exame pericial no corpo indicou que ele possuía hipertrofia no coração, um desenvolvimento excessivo do músculo cardíaco. Tanto a declaração de morte do hospital quanto a família de Ricardo também afirmaram que ele fazia uso de anabolizantes.

Ainda de acordo com o MPSC, o médico denunciado teria conhecido o paciente apenas no momento do procedimento, o que, segundo o promotor de Justiça Leonardo Fagotti Mori, viola normas técnicas estabelecidas pelo Conselho Regional de Medicina de SC.

MPSC ofereceu acordo ao médico

O MPSC decidiu pela denúncia do profissional contratado para a anestesia após uma audiência com o denunciado na última sexta-feira (4). Segundo Mori, foi oferecido ao médico uma proposta de acordo de não persecução penal, que não foi aceita nos termos sugeridos pelo Ministério Público.

A denúncia tem como base a investigação realizada pela Polícia Civil (PCSC), que concluiu que o médico foi negligente ao “não solicitar exames específicos” que poderiam indicar riscos em relação à realização da anestesia geral no paciente. “Caso esses exames tivessem sido feitos, haveria informações suficientes para evitar a administração do procedimento adotado, que acabou levando à morte do paciente”, afirmou a PCSC, que indiciou o anestesista por homicídio culposo.

Com base nos laudos periciais e nos depoimentos colhidos durante o inquérito, o MPSC requereu o prosseguimento da ação penal. Além da condenação, a denúncia pede a reparação dos danos causados à família do influenciador. Cabe agora à Justiça decidiu se acolhe ou não a denúncia.

Foto: Redes sociais/Reprodução

Anestesia geral para tatuagem

Ricardo Godoi morreu em 20 de janeiro deste ano em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, após sofrer uma parada cardiorrespiratória enquanto era submetido a anestesia geral antes de fazer uma tatuagem nas costas. O procedimento era realizado em um hospital da cidade por uma equipe de três tatuadores e o médico anestesista.

Na época, o responsável pelo estúdio de tatuagens afirmou que havia solicitado exames prévios ao empresário, que tiveram bons resultados. Ele disse ainda que Ricardo assinou um termo de consentimento para o procedimento.

Quem era Ricardo Godoi?

Ricardo era vendedor e comprador de veículos de luxo. Além disso, ele era casado e deixou quatro filhos. Nas redes sociais, o influenciador tinha mais de 200 mil seguidores. Ele costumava publicar fotos de carros exóticos que importava para o Brasil para vender.

           

             

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