26 de julho de 2024
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Policial

Após prisão em Santa Catarina, desembargador manda soltar Alberto Youssef

Defesa de Youssef afirmou que a prisão seria ilegal por ter sido decretada de ofício, sem requerimento do Ministério Público

A Justiça Federal determinou a soltura do doleiro Alberto Youssef. Um dos delatores da Operação Lava Jato, ele havia sido preso preventivamente na tarde desta segunda-feira (20), em Itapoá, no Norte de Santa Catarina, por determinação do juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelo julgamento dos processos oriundos da investigação

A decisão de soltura foi proferida pelo desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre. Ao analisar um habeas corpus protocolado pela defesa de Youssef, o magistrado reconheceu a ilegalidade da decretação da prisão.

Para justificar a prisão, o juiz Eduardo Appio levou em conta informações prestadas pela Receita Federal sobre o patrimônio do doleiro. De acordo com a decisão, Youssef não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e tem vida incompatível com a “situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros”. Segundo a Receita, ele tentou ainda comprar um helicóptero e um avião. Além disso, o juiz levou em conta na decisão que o principal personagem da Lava Jato mantém diversos endereços e “estaria morando na praia”.

 

Defesa

A defesa de Alberto Youssef afirmou que a prisão é ilegal por ter sido decretada de ofício, ou seja, sem requerimento do Ministério Público Federal (MPF).

Além disso, a defesa argumentou que o processo que deu origem à representação fiscal da Receita Federal estava suspenso e que o doleiro está usando tornozeleira eletrônica, fatos que afastariam a prisão preventiva.

Fonte: Agência Brasil
Foto: Valter Campanato / Reprodução