31 de outubro de 2025
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Flávio Jr

As Bruxas da Ilha: Entre a lenda e o Halloween

Imagem: Franklin Cascaes.

O Dia das Bruxas em Florianópolis não é apenas uma data importada das tradições de outras terras, mas um reencontro com a própria história. Não é apenas quando outubro termina e em noites de lua cheia que antigas vozes são despertadas junto com o vento que que sopra nas praias e costões. Na Ilha de Santa Catarina todos os dias são das bruxas, pois elas são ecos das lendas que transformaram Florianópolis na eterna Ilha da Magia.

As bruxas já habitavam o imaginário dos ilhéus muito antes das fantasias, das abóboras iluminadas e dos pedidos de doces ou travessuras. Elas se tornaram parte viva da identidade cultural misturando tradições açorianas, crenças africanas e indígenas. Elas voam sobre o Morro das Pedras, se reúnem em recantos da Lagoa do Peri, nas dunas da Joaquina e dançam sobre a relva na Lagoa da Conceição. Estas mulheres, para muitos do imaginário, mas para outros elementos vivos, são guardiãs do mistério, das ervas, dos ventos e das marés.

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O mundo pode celebrar o Halloween com doces e travessuras, contudo, aqui a magia tem outro sabor. É o feitiço da ancestralidade, da memória que resiste no sotaque, nas histórias contadas em voz baixa, nas festas populares e na energia que envolve um pedacinho de terra perdido no mar. As bruxas de Florianópolis não assustam. Encantam, pregam peças, representam o feminino, o poder da natureza e a sabedoria das tradições. Elas reforçam que a Ilha é mágica e que não são apenas as paisagens que encantam, mas se juntam com as histórias que o tempo se recusa a apagar.

Os contos e encantos das bruxas de Franklin Cascaes

           

             

Os contos e encantos das bruxas de Franklin Cascaes

Durante o dia, elas eram quase invisíveis, caminhavam entre as pessoas da antiga Nossa Senhora do Desterro, circulavam pelo Mercado Público, passavam sob a sombra da Catedral, com os olhos baixos e com os passos leves. Mas, bastava o Sol se recolher atrás dos montes, que elas também mudavam de pele. A noite, então, pertencia…

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