5 de outubro de 2025
TVBV ONLINE
Policial

As perguntas que não se calam sobre a morte do casal no motel

Fotos: Redes sociais/Reprodução

Através de uma rede social familiares de uma das vítimas repudiaram o resultado da investigação e destacam que a honra de Ana Carolina não deve ser manchada

A família de Ana Carolina da Silva que foi encontrada morta na banheira de um motel em São José, na Grande Florianópolis, ao lado do marido Jefferson Sagaz no dia 11 de agosto, está revoltada e contesta o resultado do inquérito que foi apresentado pela Polícia Civil. As informações foram repassadas em uma grande coletiva de imprensa última na quarta-feira (1º). A investigação foi baseada em 16 laudos e os exames destacaram que as vítimas tiveram uma intoxicação exógena, devido ao uso combinado de álcool e drogas, em conjunto com a alta temperatura da água da banheira, que poderia ter chegado a 50°C.

> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão

De acordo com a Polícia Científica foram identificados altos índices de álcool e cocaína nos corpos. Vestígios do entorpecente também foram localizados no quarto do motel. Os familiares não negam o que foi constatado pela perícia, mas defendem que Ana Carolina não era usuária de drogas. Com isso, acreditam que ela foi forçada, de alguma forma, a consumir o entorpecente ou foi envenenada. “Diante das inconsistências, levantamos a série preocupação de possível ingestão forçada ou envenenamento e exigimos investigação rigorosa, transparente e imparcial”, afirmam familiares.

No post divulgado nas redes sociais a família de Ana Carolina se mostrou revoltada e repudiou as informações que foram divulgadas. Eles enfatizam que buscam “preservar a memória e a dignidade da Ana, garantindo que a verdade prevaleça sobre especulações cruéis e injustas”. “Não aceitaremos que sua história seja manchada por suposições irresponsáveis”, completa.

Confira o post:

>>Cocaína e álcool: Polícia divulga causa da morte do casal em motel

Perguntas sobre as mortes

O caso ainda levanta muitas dúvidas e uma delas como as vítimas morreram juntas já que eram organismos diferentes. E se os índices de cocaína encontradas nos corpos são compatíveis com uso recreativo, forçado ou overdose. Desta forma, nove perguntas foram elaboradas pela equipe do Portal TVBV Online e encaminhadas para o delegado responsável pelo caso e para a Polícia Científica.

Coletiva de imprensa para a divulgação do resultado do inquérito. Imagem: Polícia Civil.

O delegado que cuidou do inquérito se negou a responder os questionamentos e a assessoria de imprensa da Polícia Civil destacou que “agora o Inquérito foi finalizado e o delegado não vai falar mais”. Por outro lado, a Polícia Científica (PC SC), de forma profissional, prontamente respondeu as questões enviadas.

Confira as perguntas e respostas da PC SC sobre o caso:

1 – Como as vítimas morreram juntas já que são organismos que apresentam metabolismos diferentes?
Resposta PC SC:
“Ambas estavam expostas ao mesmo ambiente e aos mesmos fatores (álcool, cocaína e água quente por tempo prolongado). A associação álcool–cocaína pode provocar arritmias e queda brusca de pressão; a água quente favorece a vasodilatação e nova queda pressórica. Esse conjunto cria risco simultâneo de perda de consciência e colapso cardiovascular em ambos, mesmo com diferenças individuais de metabolismo.

2 – Os índices de cocaína encontrados nos corpos são compatíveis com uso recreativo, forçado ou overdose?
Resposta PC SC:
“O laudo conclui intoxicação exógena considerando concentrações pós-mortem. Classificar como “uso recreativo, forçado ou overdose” não faz parte do trabalho técnico.

3 – Se a temperatura da banheira chegou a 50°C foram identificadas marcas de queimaduras compatíveis com água tão quente?
Resposta PC SC:
“Conforme detalhado na coletiva, não foi constatado que a água da banheira atingiu 50 °C no momento do fato. O que se realizou foram testes técnicos que demonstraram a capacidade do equipamento de alcançar essa temperatura. Conforme laudos cadavéricos, constatou-se, em ambos os corpos, o destacamento epidérmico compatível com imersão em água quente.”

4 – Teve sinais de água no pulmão devido a um afogamento?
Resposta PC SC:
“Não foram identificados achados compatíveis com afogamento (como os clássicos sinais macroscópicos específicos)”.

5 – Já que a causa principal foi a soma de fatores, como definiram que não houve crime de envenenamento ou consumo forçado de cocaína?
Resposta PC SC:
A Polícia Científica pode informar que não foram observadas lesões de defesas”.

6 – Se a família afirma que Ana Carolina não era usuária de drogas, como explicar a presença de cocaína em altos índices no organismo?
Resposta PC SC:
Os exames periciais ele documenta evidências. A presença e as concentrações de cocaína e seus metabólitos foram objetivamente detectadas por métodos validados.

7- Como descartar que ela tenha sido induzida, coagida ou dopada?
Resposta PC SC:
“Essa conclusão fica com o presidente do Inquérito Policial do caso”.

8 – Houve coleta e análise de conteúdos gástricos para identificar se a ingestão foi voluntária ou forçada?
Resposta PC SC:
“Tecnicamente não há como isso ser avaliado”.

9 – Foram feitos exames para verificar presença de sedativos, venenos, adulterantes?
Resposta PC SC:
“Sim. O exame toxicológico incluiu triagens e confirmações de amplo espectro (fármacos de interesse forense, sedativos/hipnóticos de uso comum, adulterantes frequentes de cocaína, entre outros). Não foram detectados agentes tóxicos adicionais”.

Suíte semelhante a que o casal foi encontrado Motel. Imagem: Reprodução

Quem era as vítimas

Jefferson Luis Dias Sagaz, de 37 anos, e Ana Carolina Silva, de 41, estavam juntos há cerca de 20 anos e tinham uma filha de quatro anos. Jefferson era cabo da Polícia Militar Rodoviária Estadual da (PMRv) e fazia parte da corporação desde 2013. Já a esposa, Ana Carolina, era empresária e proprietária de uma esmalteria em São José, e compartilhava dicas sobre o assunto nas redes sociais.

           

             

Vídeo: Norte-americano é resgatado no mar pelo Corpo de Bombeiros

O estrangeira praticava kitesurf e não conseguia retornar para a praia

O resgate foi realizado na tarde do último sábado (04) pelo Corpo de Bombeiros (CBMSC) na praia da Barra da Lagoa, no Leste da Ilha de Santa Catarina. A Vítima, um norte-americano precisou ser socorrido enquanto praticava…

Continue lendo