Elas cortam as ondas com tamanha desenvoltura que fazem inveja a embarcações modernas. Seu corpo esguio, com estrutura elaborada, há séculos levam e trazem em segurança nossos pescadores. Se difundiram com a caça da baleia e se espalharam a partir das armações criadas para este fim.
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Percorrendo nosso litoral ainda é possível conhecer algumas destas “senhoras”, das mais variadas cores e tamanhos. São elas, as baleeiras que estão ficando cada vez mais raras, pois o estilo dos barcos foi trocado por projetos de mais fácil construção. Da mesma forma, porque elas devem ser construídas com madeiras protegidas por lei e pelos métodos de construção que estão preservados apenas na memória de poucos mestres artesãos.
Mesmo com a “modernidade”, suas “cavernas” e o costado marcado por tábuas sobrepostas, como escamas, é inconfundível. No início eram movidas a remo ou a velas quando ainda perseguiam os maiores mamíferos marinhos, mas com o passar dos anos ganharam motores e tudo que a tecnologia poderia fornecer. A captura das baleias acabou e eles permaneceram como um ícone de um tempo que não volta mais. As baleiras ainda hoje encantam e “cantam” com um som único dos motores a diesel.
Meu primeiro contato com uma baleeira foi na Armação do Pântano do Sul. A embarcação era de meu pai e até hoje paira em minha memória. Imponente, pintada de amarelo com detalhes em azul, levava com orgulho o nome: “Bota peixe nisso”. Ela foi por muitos anos o meio de transporte de nossa família até a Ilha do Campeche, instrumento de pesca ou base para uma antiga safra de pescadores submarinos de Florianópolis.
São lembranças maravilhosas que vieram à tona em uma visita que fiz. Por incrível que pareça não foi a nenhum rancho de pesca ou praia, mas na Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Eu pude conferir a exposição fotográfica Baleeiras da Ilha com imagens captadas pela fotógrafa Cristina Gallo, uma das integrantes do projeto Baleeiras da Ilha.
A exposição reúne dez fotos que destacam a importância da preservação da baleeira, que corre sério risco de extinção. Elas foram captadas nas principais comunidades pescadoras da Ilha de Santa Catarina durante um levantamento sobre as baleeiras que ainda desafiavam o tempo. A entrada é gratuita e a mostra permanece no Campus da UFSC até 23 de julho. Já as fotos estão disponíveis para venda e o valor arrecadado será revertido em prol do projeto Baleeiras da Ilha.
Governo anuncia novas obras para contenção de cheias em Rio do Sul
Serão investidos mais de R$ 21 milhões para o desassoreamento de 13,3 km de rios
Mais obras de prevenção e combate às cheias no município de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, estão previstas para os próximos meses. Nesta segunda-feira (21), o governador Jorginho Mello, ao lado do secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, um investimento de R$ 21 milhões em obras de desassoreamento dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste, que cortam o município e fazem divisa com as cidades de Ituporanga e Laurentino.
