O contorno estratégico se dá em maio à definição dos nomes que deverão compor a majoritária ao Senado. A deputada federal Caroline De Toni, não abre mão / Foto: divulgação/Agência Câmara de Notícias
A disputa pelo Senado em Santa Catarina virou novela com capítulos diários e personagens de grande peso político. Preterida dentro do próprio partido, a deputada federal Caroline De Toni (PL) está determinada a não ficar fora do páreo em 2026. Ela reafirma, nos bastidores e publicamente, que será candidata ao Senado, “nem que seja preciso trocar de partido”.
O estopim da crise
O governador Jorginho Mello, que tem nas mãos o tabuleiro da direita catarinense, acenou com outra composição para a corrida ao Senado. Atendendo a uma articulação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jorginho abriu espaço para o vereador Carlos Bolsonaro, que deve transferir o domicílio eleitoral para Santa Catarina, disputando a vaga pelo PL.
Arranjo na chapa
Nesse arranjo, o outro nome preferido para completar a chapa é o senador Esperidião Amin (PP), peça fundamental para ampliar o tempo de TV e fortalecer a aliança. A entrada de Amin é vista como estratégica: além de sua capilaridade histórica, evita transformar o pleito em uma disputa “puro-sangue” dentro do próprio PL, algo que Jorginho quer evitar a qualquer custo.
Batendo o pé
Caroline diz que teve sua candidatura prometida pelo governador “olho no olho” e não aceita ser deslocada para segundo plano. Sua eventual saída do PL deixaria feridas na base de apoio de Jorginho e pode criar rachaduras importantes na engrenagem do bolsonarismo catarinense.
Em resumo
O governador quer consolidar força e tempo de mídia com Amin; Bolsonaro quer garantir um lugar para o filho no jogo nacional; e Caroline De Toni não admite ser rifada depois de ter construído protagonismo no eleitorado conservador. Por fim, o script de 2026 em SC ainda está em reescrita. Mas uma coisa já está definida: vem mais tensão por aí, e Caroline não está disposta a ser figurante no palco que ajudou a construir.




