Parcerias entre Estado e municípios fortalecem infraestrutura, habitação e serviços digitais em Santa Catarina / Foto: Jonatã Rocha / SECOM
Na abertura do Congresso de Municípios, Associações e Consórcios de Santa Catarina (Comac-SC), realizada em Balneário Camboriú, o governador Jorginho Mello anunciou medidas importantes para o fortalecimento das cidades catarinenses. Entre os destaques estão a ampliação do Programa Estrada Boa Rural, que vai investir R$ 2,5 bilhões em pavimentação e infraestrutura no interior do estado, a adesão de mais 116 municípios ao Casa Catarina, maior programa habitacional da história de Santa Catarina, e o lançamento do aplicativo SC Fácil, que reúne mais de 500 serviços digitais em um único espaço.
Avanços
As iniciativas representam avanços concretos para a vida dos catarinenses: estradas mais seguras para o escoamento da produção agrícola, moradia digna para famílias em situação de vulnerabilidade e mais agilidade no acesso a serviços públicos. Por outro lado, é positivo ver o governo estadual agir de forma integrada com as prefeituras, buscando soluções modernas e práticas. O Comac-SC mostra, mais uma vez, a força da cooperação entre Estado e municípios e reforça que Santa Catarina está no caminho certo ao investir em infraestrutura, inclusão social e inovação tecnológica.
Desembarque do União Brasil e Progressistas ameaça a governabilidade de Lula

O anúncio feito por União Brasil e PP de desembarcar do governo marca uma virada de peso no tabuleiro político de Brasília. Não se trata apenas da saída de dois ministros, Celso Sabino e André Fufuca, mas do esvaziamento de 109 votos que até então compunham a base aliada de Lula. A matemática, sempre impiedosa, deixa o Planalto com uma margem estreita: apenas dois votos acima da metade necessária para aprovar projetos na Câmara. Esse gesto não é trivial. É um recado claro do chamado “centrão” de que sua lealdade tem prazo e preço. Ao se reposicionar fora da base, União Brasil e PP tentam se reconectar com um eleitorado mais conservador, de olho em 2026, enquanto não abrem mão de preservar espaços estratégicos na máquina pública. A ruptura é, portanto, mais política do que administrativa: trata-se de uma troca de narrativa, não de perder completamente a caneta. Há também uma sinalização forte ao bolsonarismo. O apoio declarado à anistia dos presos do 8 de janeiro, com ênfase no ex-presidente Jair Bolsonaro, mostra a intenção de disputar a liderança da oposição, reposicionando-se como fiadores de uma bandeira que mobiliza a direita.
Desfalque no Governo
O governo Lula, por sua vez, se vê forçado a recalibrar sua articulação. Sem a gordura de 109 deputados, cada votação importante exigirá negociações mais duras, concessões maiores e, provavelmente, um Congresso ainda mais caro politicamente. O risco é de que a agenda de reformas se arraste, emperrada pelo cálculo eleitoral dos novos oposicionistas. No fundo, o episódio apenas reforça uma velha lição: em Brasília, alianças são como nuvens. A paisagem pode mudar de um dia para o outro, e quem não souber ler os ventos fica sem abrigo.