28 de outubro de 2025
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Policial

Delegado fala sobre o inquérito que resultou em megacondenação por latrocínio

Foto: Reprodução
Assassinos recebem juntos mais de 360 anos de prisão, mesmo sem a localização dos corpos das vítimas – um empresário e a esposa

Os seis acusados foram condenados pelo Tribunal do Júri em Biguaçú, na Grande Florianópolis. Já a sentença foi assinada na última sexta-feira (24) e as penas somadas alcançam 364 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado. Os quatro homens e as duas mulheres foram considerados culpados por latrocínio, ocultação de cadáver e furto. O crime ocorreu em 2024 e as vítimas, Valter Agostinho de Faria Junior, de 62 anos, e Araceli Cristina Zanella, de 46, desapareceram no dia 11 de novembro.

A investigação ficou a cargo do delegado Anselmo Cruz, responsável pela Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DRAS/DEIC). “Com base no trabalho policial foi possível o encerramento do caso com uma das maiores condenações recentes da Justiça catarinense”, destacou Cruz. O inquérito demonstrou que o caso teve início após um desentendimento entre dois dos condenados com as vítimas devido a problemas no pagamento do aluguel de uma propriedade onde funcionava uma casa noturna. Após a rescisão do contrato, foi combinado que as chaves seriam entregues no local que tinha sido alugado. Mas, quando as vítimas chegaram no local, foram rendidas.

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O objetivo é roubar as vítimas

O delegado apontou que as apurações demonstraram que o grupo criminoso foi responsabilizado por planejar e executar o crime com o objetivo de subtrair bens das vítimas, além de tentar ocultar os corpos após o delito. “Nós conseguimos estabelecer bem a dinâmica de todo o crime, tivemos algumas evidências e até imagens das vítimas amarradas deitadas no chão do estabelecimento”, relatou Anselmo Cruz. De acordo com ele, os acusados mantiveram as vítimas sequestradas desde o período da manhã até as 22 horas e em seguida elas foram levadas para o bairro Pedregal, em São José, onde foram entregues para outra pessoa.

Dois dos acusados seguiram com Valter e Araceli para uma área de mata, onde foram mortos. “Uma área de mata muito grande e por isso não conseguimos localizar os corpos. Firmamos toda a convicção que eles foram mortos com o objeto de subtrair valores, da mesma forma, toda a dinâmica do crime ficou clara”, completou o delegado. Os criminosos roubaram o carro das vítimas, um aparelho celular e cartão de crédito, além de móveis e equipamentos. O cartão chegou a ser utilizado para saques das contas bancárias do empresário.

Foto: TJSC/Divulgação

As penas

Na sentença, a juíza destacou que o fato dos corpos nunca terem sido localizados não impede a caracterização do crime de latrocínio, uma vez que o “Código de Processo Penal admite prova indireta, neste caso testemunhal, quando os corpos das vítimas desaparecem, até mesmo para evitar que delitos que ocorram desta forma não fiquem impunes”.

Três réus receberam as penas de 62 anos e quatro meses cada um, e um quarto condenado deverá cumprir 63 anos e um mês de reclusão. O restante recebeu 50 anos cada. Cinco dos condenados vão aguardar recursos presos, enquanto mulher vai continuar em prisão domiciliar, com medidas de segurança.

           

             

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