1 de dezembro de 2025
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Policial

Denúncia contra assassino de estudante em Florianópolis revela detalhes do crime

Foto: Reprodução
‘O denunciado utilizou a vítima como mero objeto para seu prazer sexual e, após a sua satisfação, acabou com a vida dela’, afirma promotor

O homem que matou a professora e estudante Catarina Kasten na praia do Matadeiro, em Florianópolis, foi formalmente denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta segunda-feira (1º). Giovane Correa Mayer, de 21 anos, responderá pelos crimes de estupro e feminicídio com agravantes, além de ocultação de cadáver.

De acordo com o MPSC, a denúncia protocolada pelo Promotor de Justiça João Gonçalves de Souza Neto, da 36ª Promotoria de Justiça da Capital busca alcançar a punição máxima para o caso. O acusado deve ser submetido ao Tribunal do Júri. Ele responderá ao processo em prisão preventiva, onde permanece desde o flagrante, no dia 21 de novembro.

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A denúncia apresenta detalhes da dinâmica dos fatos que ainda não haviam sido revelados até a conclusão das investigações pela Polícia Civil (PCSC) nos dias seguintes ao assassinato. No documento apresentada pela 36ª PJ ao Poder Judiciário, o promotor deixa claro que “o denunciado utilizou a vítima como mero objeto para seu prazer sexual e, após a sua satisfação, acabou com a vida dela”.

Giovane foi denunciado por feminicídio, praticado por menosprezo à condição de mulher, qualificado por asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. A peça lista o agravante de o acusado ter agido de maneira a assegurar a ocultação do corpo, mas o crime de ocultação de cadáver também é listado especificamente na acusação.

A conclusão dos laudos de perícia também confirmaram os indícios de que a vítima foi estuprada antes de ser assassinada. Por isso, o acusado responderá por estupro, cometido mediante violência e com a agravante de emboscada. Somadas, as penas máximas para esses crimes chegam a 43 anos de prisão. A defesa de Giovane ficará a cargo de um defensor público, direito garantido a toda pessoa conduzida ao cárcere que não tenha advogado constituído.

Foto: Redes sociais/Reprodução

Dinâmica do crime

Catarina Kasten, de 31 anos, era estudante de pós-graduação em Inglês na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e morava no bairro da Armação, próximo ao local onde ocorreu o crime. Ela foi morta por volta das 7h, enquanto realizava a trilha a caminho de uma aula de natação rotineira na Praia do Matadeiro.

A denúncia descreve que Catarina foi surpreendida em uma emboscada armada pelo assassino. Ele foi identificado em imagens de uma câmera de segurança no início da trilha de acesso à praia. O registro, feito por volta das 6h05, mostra o homem escondido atrás de uma lixeira, observando a movimentação no caminho. Instantes depois, ele teria abordado a vítima na trilha, aplicado um  golpe mata-leão para imobilizá-la e, em seguida, a arrastado para um local ermo na mata, onde consumou o estupro à força.

Imagem: Reprodução

Ainda de acordo com o MPSC, para matar a mulher, Giovane a estrangulou utilizando um cordão ou cadarço no pescoço. O golpe dificultou ainda mais a capacidade de defesa da vítima, que já se encontrava, segundo a denúncia, “fisicamente dominada e exausta, em razão da violenta abordagem e da agressão sexual sofrida instantes antes”. O assassinato teve também como finalidade assegurar a ocultação do corpo e a impunidade do estupro.

Após o feminicídio, o denunciado arrastou a mulher até um ponto de difícil acesso e visualização na trilha, em meio à mata e às pedras, com o objetivo de ocultar o corpo. Horas, depois, Catarina só seria encontrada após colegas de natação avistarem seus pertences abandonados pelo caminho. Após o professor de natação informar ao marido da vítima que ela não chegou a aparecer na aula, a Polícia Militar (MPSC) foi acionada.

Giovane foi identificado e preso horas mais tarde na mesma sexta-feira, em sua residência no bairro Armação. Ele confessou o crime à Polícia Civil (PCSC) e foi detido em flagrante. No sábado (22), após audiência de custódia, ele teve a prisão convertida em preventiva. Ele também alvo de uma investigação que foi reaberta para apurar um estupro ocorrido no Sul da Ilha, em 2022.

           

             

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