26 de julho de 2025
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Paulo Chagas

Deputada Caroline De Toni tem proposição ousada e acirra debate entre os poderes

Deputada Caroline De Toni / Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A deputada federal Caroline De Toni (PL-SC) anunciou que pretende apresentar um projeto de decreto legislativo com o objetivo de sustar atos do Supremo Tribunal Federal (STF) e, paralelamente, defender uma proposta para acabar com o foro privilegiado no Brasil. A iniciativa reacende debates intensos sobre a separação de poderes, o alcance das decisões do STF e os privilégios concedidos a autoridades públicas.

Confronto político e avanço de pautas populares

A movimentação de Caroline De Toni deve ser compreendida dentro de um contexto político mais amplo, em que parte do Congresso Nacional, sobretudo parlamentares alinhados à direita,busca limitar a atuação do Judiciário, especialmente do STF. Sustar atos do Supremo por meio de um projeto de decreto legislativo é uma proposta controversa, pois esbarra diretamente na autonomia entre os poderes, podendo gerar uma crise institucional.

No entanto, o fim do foro privilegiado é uma pauta que tem amplo apelo popular. A crítica à “blindagem” de autoridades é recorrente entre os cidadãos, e a proposta de De Toni pode ganhar tração entre parlamentares que buscam fortalecer sua imagem perante o eleitorado. O desafio, porém, será separar o que é uma real tentativa de moralização da política do que é apenas retórica em meio a disputas entre Legislativo e Judiciário.

Caso avance, a proposta pode ter efeitos profundos no equilíbrio institucional. Por isso, precisará ser debatida com responsabilidade, cautela jurídica e diálogo entre os poderes, algo cada vez mais escasso na arena política brasileira atual.

Entidades empresariais de SC emitem nota sobre atual momento no Brasil

Entidades empresariais de Santa Catarina emitiram nota conjunta sobre a situação política e econômica no Brasil, avaliando que o país caminha para a venezuelização da população.

“O Brasil caminha a passos largos rumo à venezuelização da população. A sociedade civil, acuada, não consegue dar conta dos desafios impostos por aqueles que nos governam, ao passo que parte substancial de nossos “representantes do povo”. A Frase está dita em um dos pontos da nota assinada porr 183 entidades empresariais, até agora.

Na nota, as entidades trazem um alerta para a necessidade de reação diante da atual situação brasileira.

Veja a nota na íntegra:

Em vista dos recentes acontecimentos que vêm tornando a vida dos cidadãos brasileiros um verdadeiro inferno, as entidades que subscrevem esta nota, representantes dos setores produtivos que lutam diariamente para promover o desenvolvimento social e econômico dos Municípios em que estão sediadas, não podem se furtar de deixar clara a consternação com as decisões tomadas por aqueles eleitos para conduzir os rumos da Nação.

Está ficando cada vez mais evidente que o Brasil caminha a passos largos rumo à venezuelização da população. A sociedade civil, acuada, não consegue dar conta dos desafios impostos por aqueles que nos governam, ao passo que parte substancial de nossos “representantes do povo” age ativamente para a preservação de seus próprios interesses.

Enquanto isso, a máquina pública incha ao ponto do insustentável. Para fazer frente à despesa que não para de subir, nossos mandatários recorrem à eterna solução fácil de elevar a carga tributária que já é, para surpresa de zero pessoas, a maior do mundo.

Desconectados do mundo real, esses iluminados mal conseguem andar com a cabeça erguida nas ruas, sob pena de sofrer a imediata reprovação daqueles que os sustentam.

O fato é um e um só: não aguentamos mais!

É absolutamente inaceitável que em um cenário econômico já tão adverso o Poder Público opte por onerar ainda mais os cidadãos e as empresas, sem se dar ao trabalho de realizar a tarefa elementar de promover uma urgente reforma estrutural que elimine desperdícios, combata a ineficiência e a corrupção, priorize a gestão responsável dos recursos públicos e recoloque o País no rumo da “Ordem e Progresso” estampada na nossa bandeira.

Estamos calados demais e sofrendo demais. O Brasil está na contramão de avanços civilizatórios duramente conquistados e essa conta – sempre amarga – é suportada por todos nós. Dizer “basta” não adianta. Precisamos reagir e logo, se ainda quisermos ter um País para chamar de nosso.