3 de novembro de 2024
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Saúde

Em meio a baixa cobertura vacinal, SC registra aumento nos casos de coqueluche

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Saúde alerta sobre a importância da vacinação para a prevenção da doença

Santa Catarina registra um aumento expressivo de pessoas infectadas com coqueluche. O número de casos confirmados neste ano já é seis vezes maior do que no ano passado. São 12 pacientes confirmados, em comparação a apenas dois em 2023. As regiões que lideram em número de casos são o Vale do Itajaí, com seis registrados, seguido da Grande Florianópolis, com quatro.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde, mesmo com o resgate das coberturas vacinais do Calendário Básico de Vacinação, a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, alcançou 86,36% do público alvo até maio de 2024 em Santa Catarina. No ano de 2023, a cobertura vacinal chegou a 90,87%. A meta anual é de 95% de imunização.

 

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. De acordo com a Dive, ela é altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.

Apesar dos sintomas serem parecidos com os de um resfriado, com febre, tosse, coriza, dores no corpo e cansaço, se não tratada, a tosse pode aumentar consideravelmente. “A tosse se prolonga, chegando ao ponto da pessoa tossir intensamente e depois precisa inspirar profundamente, conhecida popularmente como tosse guincho”, explica a enfermeira da Dive, Gisele Barreto.

Vacina é a principal forma de prevenção

Por ser uma doença respiratória, a sua transmissão se dá principalmente pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada. “Em casos mais raros, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes”, finaliza a enfermeira.

A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os 6 meses de idade, e a vacinação é a principal forma de controle. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos postos de saúde pelo estado.

Arte: Dive/SES/Reprodução

“Esta vacina é feita também na gestante, porque o bebê vacinado só alcança a proteção efetiva após concluir o esquema primário com a vacina pentavalente, aos 6 meses. Então, a vacinação da gestante tem o objetivo de proteger a criança até um ano. Precisamos avançar na vacinação de todas as pessoas com indicação da vacina, considerando que muitos países vêm registrando aumento de casos em 2024, e a vacinação continua sendo a melhor estratégia para combater a doença”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.

Doença cíclica

A coqueluche é uma doença altamente transmissível pois é causada por uma bactéria, a Bordetella Pertussis. Ela aparece de tempos em tempos, causando uma doença cíclica, por isso é comum periodicamente vermos surtos de coqueluche no Brasil e no mundo todo.

Os principais sinais da infecção são mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Entretanto, a tosse pode piorar e outros sintomas podem aparecer, como a tosse seca, que pode evoluir para severa e descontrolada, provocando ainda vômito ou cansaço extremo.

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Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar até três meses, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. A orientação da Dive é, na suspeita da doença, procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência.