Demolição está proibida até que um estudo técnico seja realizado para saber se edifício será tombado
A vistoria no prédio da antiga rodoviária de Florianópolis apontou problemas estruturais e sanitários. Caminhando pelas áreas internas do edifício, as autoridades constataram presença massiva de lixo e um forte mau cheiro, além de danos na estrutura. Em um sobrevoo com um drone, muitos buracos foram identificados no telhado do local.
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“Até agora, a gente só olhava por fora. Nesse momento nós decidimos vir até o prédio para constatar a situação interna, que eu já concluo: está lastimável, em todos os sentidos. Da parte estrutural, da parte de telhado, da parte de acesso”, destacou o promotor de justiça Fabrício Cavalcanti.
Apesar dessa situação, o MP conseguiu uma medida liminar para impedir a demolição. Com isso, um estudo técnico será realizado para saber se o imóvel tem valor técnico, cultural, histórico ou artístico, ou seja, se o espaço pode ser tombado como patrimônio histórico.
O futuro do imóvel divide opiniões. Tem aqueles que defendem a demolição, por acreditar que a estrutura já está deteriorada, que ela causa risco para a segurança urbana e que ela não tem mais nenhum tipo de utilidade. No entanto, tem os defensores do tombamento do imóvel.
“Essa edificação representa a chegada da arquitetura moderna em Florianópolis. Aquela arquitetura do Niemeyer, do Masp, de Brasília. E ela foi edificada na década de 50, quando essa arquitetura estava chegando na cidade e ela é um dos marcos precursores desse movimento na cidade”, defende Leonardo Bertoldi, membro do Instituto dos Arquitetos do Brasil.
Manifestantes dos dois lados marcaram presença nesta quarta nas proximidades do prédio no momento em que as autoridades vistoriavam o local. Mesmo assim, o processo ocorreu normalmente. O repórter Gabriel Phillipi, do programa Band Cidade, da TVBV, esteve por lá e conversou com defensores da demolição e do tombamento.
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