Lideranças estudantis reivindicam rondas motorizadas, câmeras de segurança, melhoria na iluminação interna e até a volta da PM ao campus
Os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina vivem dias de insegurança após mais uma notícia de assalto à mão armada dentro campus. O último caso aconteceu na noite desta quarta-feira (8) em local próximo ao Centro Socioeconômico (CSE). Duas estudantes de economia foram atacadas por uma dupla que chegou em uma moto e abordou as jovens, de 21 e 24 anos, no trecho com pouca iluminação. Diante de mais um caso, estudantes pedem ações mais efetivas da universidade.
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Em uma nota publicada nas redes sociais, o Centro Acadêmico Livre de Economia (CALE) convocou os estudantes para uma manifestação em frente à Reitoria Central da universidade para reivindicar providências por parte dos administradores. Entre as reivindicações, estão: reforço da vigilância 24h com rondas motorizadas, instalação de câmeras de segurança e melhoria da iluminação externa. O ato está marcado para às 17h desta sexta-feira (10).
“Não é a primeira vez que estudantes sofrem com a falta de segurança dentro do campus. Mesmo após diversos casos de violência, nenhuma medida efetiva foi tomada. Os alunos não aceitam mais essa situação. Queremos uma universidade segura para todos”, finaliza a nota. O Diretório Central dos Estudantes Luis Travassos, entidade que representa os estudantes, compartilhou a publicação, dando mais visibilidade ao movimento.
Vale lembrar que, no mês passado, um outro caso deixou os estudantes da universidade com medo de circularem sozinhos. Diversas pessoas relatavam que um homem, aparentemente em situação de rua, vivia ameaçando frequentadores do espaço com um canivete. Ele passou a ser constantemente monitorado, mas, por conta da falta de flagrante, ele não poderia ser preso. Por conta disso, ele apenas era retirado do local, tanto por agentes da Secretaria de Segurança Interna (SSI) da universidade quanto pela Polícia Militar.
PM de volta ao campus
Um outro grupo de estudantes propõem uma mudança mais drástica na segurança do campus. O Direita UFSC, página nas redes sociais, relaciona esses casos com a falta de um policiamento efetivo dentro da universidade, que, na visão dos administradores do perfil, deveria ser feito pela Polícia Militar de Santa Catarina.
No entanto, a guarnição tem um acordo com a UFSC de só intervir dentro do espaço universitário quando for acionada. Isso porque os estudantes reclamavam da ação da PM, que, na concepção deles, agia de forma violenta e desproporcional diversas vezes. Diante das reclamações, a reitoria decidiu fazer este acordo.
Segundo o perfil Direita UFSC, isso não passa de uma medida ideológica e que só prejudica os estudantes. “Enquanto isso, o DCE e a Reitoria seguem contra o policiamento no Campus, preocupados com ideologia e atos internacionais, enquanto os estudantes viram presas fáceis. A realidade é simples: ideologia não protege ninguém. Polícia, presença e estrutura sim. Nota de repúdio, cartaz e roda de conversa não impedem assalto. Herói de desenho animado também não”, afirma por meio de nota.
UFSC não se manifesta
A reportagem do Portal TVBV Online entrou em contato com a UFSC para buscar o posicionamento da entidade. No entanto, a resposta da instituição foi que ainda não há um pronunciamento oficial, nem da universidade nem da Secretaria de Segurança Interna. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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